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GERAL

Organizadores discutem 10º Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico Racial do Paraná

Toledo sediará nos dias 15, 16 e 17 de agosto o 10º Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico Racial do Paraná. Para tanto, as reuniões que antecedem o evento ocorrem desde o ano passado. Na última segunda-feira (25), representantes das Secretarias de Educação, Cultura, Políticas para Mulheres, Desenvolvimento Econômico e APP - Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, juntamente com o Núcleo Regional de Ensino (NRE) e os representantes do Desenvolvimento Étnico Racial, discutiram as questões relacionadas ao número de participantes e a forma que eles serão conduzidas as atividades realizadas durante os três dias do encontro.

26/02/2013 - 14:38


O objetivo do fórum é preparar educadores capazes de inserir de maneira correta o ensino da cultura Africana, nas escolas públicas e particulares. Para a Coordenadora de Diversidade Cultural do Núcleo de Estudos Avançados de Direito Internacional (NEADI), Caroline Recalcatti Silveira , essa reunião serviu para que todos se unissem e discutissem a questão levantando as problemáticas para que se encontre o que ainda pode e deve ser corrigido para que de fato a lei seja cumprida, evitando a desigualdade.

Oficinas
Os professores ainda participarão de oficinas preparatórias nos assuntos relacionados à temática do encontro. Tendo em vista que o número estimado de participantes são 700 professores, as oficinas terão um controle limitado no que diz respeito aos egressos, atingindo uma média de 40 a 60 pessoas.
Segundo o Fundador da Associação Cultural de Negritude e Ação Popular (ACNAP), Nivaldo Arruda (Paulo Borges), normalmente o número de oficinas é trabalhado de acordo com o tamanho do evento. O fórum terá uma projeção de 700 pessoas e se for trabalhado com uma média de 10 oficinas o número de participantes por grupo seria muito grande e prejudicaria a qualidade do ensino.
Por tanto, foi necessário aumentar para pelo menos 15 á 20 oficinas para que todos possam trabalhar com sucesso. “A nossa preocupação é que todos que venham participar da oficina tenham condições de acompanhar tudo o que está sendo debatido e sair com um estudo de qualidade”, afirmou o diretor.

10 anos da lei 10639/03
O tema escolhido para o fórum é “Dez anos da Lei 10639/03, perspectivas e desafios em sua implementação na educação escolar do Paraná”. A temática foi aderida porque no último dia nove de janeiro comemorou-se no Brasil os dez anos que a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", foi alterada e passou a vigorar com a inclusão dos artigos que tratam do conteúdo programático em relação á luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
Ainda refere-se à História e Cultura Afro-Brasileira que devem ser ministradas no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileira. Além de incluir no calendário escolar o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.
O encontro que acontecerá no Teatro Municipal de Toledo é voltado para os professores do Paraná. Desde que a lei foi decretada existe a necessidade de preparar profissionais capacitados nos assuntos que se referem aos conteúdos ministrados em sala de aula. Segundo o Diretor da ACNAP, a ação vem para aprimorar o olhar de todas as pessoas envolvidas no processo da formação educacional. “Todo esse pessoal que trabalha na área de educação deve começar mudar o seu olhar, a sua atitude e a sua linguagem em relação á temática. Á séculos e séculos, a educação vem trabalhando com um olhar voltado para um único grupo. A partir do momento que tem essa legislação você tem que mudar todo esse contexto do olhar, da linguagem e das atitudes”, confirmou Paulo Borges.

Uma questão ética
A questão do negro na sociedade têm pautado reuniões e debates ao longo dos séculos, como uma questão ética. O fórum vem então, atender á uma demanda de professores que sentem a necessidade de conscientizar a grande maioria, evitando assuntos desagradáveis que inferem no contexto social na atualidade. Atuando como formadores não apenas educacionais mas também de cidadãos de caráter, é importante que os professores saibam cumprir e aplicar a lei da maneira mais ética possível. Defendendo essa questão ética, estarão presentes no 10º Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico Racial do Paraná, tribos indígenas e quilombolas do estado.
Para a coordenadora do NEADI, Caroline Recaltti Silveira, a presença dessas tribos é muito importante para a compreensão da história. “Até hoje o índio e o negro, são, para muitos, sub-brasileiros que ficaram abaixo da sociedade, como um mito. Pouco se estudou e conheceu a história deles que de fato, são formadores da nossa sociedade”, concluiu a coordenadora.

Da Assessoria - Toledo

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