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EDUCAÇÃO

Avaliações na educação não são feitas para punir, diz presidente do Inep

Os resultados mostram que o trabalho tem dado resultado.

29/04/2013 - 10:07


Além de um retrato da situação da qualidade da educação em todo o país, e em cada escola da rede pública, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2005, traçou metas a serem alcançadas ano a ano, até chegar ao nível de país desenvolvido em 2022, ano do bicentenário da independência.
Os resultados mostram que o trabalho tem dado resultado, de acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa. Ele destaca que as avaliações na educação não são feitas para punir nem para fazer um ranking das escolas ou estados, mas sim para induzir a melhoria na qualidade do ensino.
“[Serve para analisarmos] onde estamos, quais são as nossas fragilidades, quais são as nossas potencialidades, como é que a gente deve avançar. E a gente está percebendo que o Brasil incorporou essa cultura de avaliação, está tendo muito comprometimento das escolas, dos gestores de educação, da família e da sociedade para, a partir da avaliação, serem feitas intervenções pedagógicas que melhorem a qualidade dos nossos estudantes”.
Para 2022, a meta é chegar à nota 6,0. Atualmente, a média brasileira está em 5,0 nos anos iniciais do ensino fundamental, 4,1 nos anos finais e 3,7 no ensino médio. “A gente está caminhando bem em direção a ela [meta], temos avançado em todos os níveis, temos um desafio maior que é no ensino médio”, afirma Costa.
Ele lembra que as metas estão previstas no Plano Nacional da Educação e que alguns estados já alcançaram notas superiores. “Mas precisamos alcançar a meta como país. Temos diferenças, mas temos desafios em todo o país e temos pontos de excelência em todo o Brasil”
A diretora executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscilla Cruz, também atribui grande parte do avanço na educação dos últimos anos ao Ideb. “Existe uma correlação muito grande desse avanço com a própria criação do Ideb. O próprio Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] fez esse estudo relacionando o Ideb e a melhoria da qualidade da educação, porque aí a escola e as redes passam a ter um parâmetro concreto para poder buscar essa melhoria constante.”
Em nota divulgada na época da divulgação dos resultados do Ideb, o Unicef afirma que “os números mostram que os esforços de governos e da sociedade brasileira estão permitindo que o país alcance as metas acordadas para os anos iniciais e finais do ensino fundamental e médio”.

 

Da Agência Brasil

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