O monitoramento serve para identificar e avaliar o comportamento dos vírus e bactérias respiratórias que mais circulam no Paraná, possibilitando também análises regionais.
Desde o início do ano, foram registrados 115 casos de gripe, 38 foram de Influenza A (H1N1), 46 de Influenza A (H3N2) e 29 de Influenza B. Outros dois casos foram confirmados como vírus Influenza A, mas sem especificação do subtipo viral.
As regionais de saúde que apresentaram mais casos foram a 9ª RS - Foz do Iguaçu (24), 15ª RS Maringá (18), 17ª RS - Londrina (17) e 2ª RS – Metropolitana de Curitiba (15). Em todo o Estado, 34 municípios apresentaram amostras positivas para Influenza. O subtipo A (H3N2) registrou o maior número de confirmações e representa 40% dos casos de gripe confirmados até o momento.
Mortes
Neste informe também foram confirmadas duas mortes pela doença, na 19ª Regional de Saúde - Jacarezinho. A morte em Maringá, anteriormente divulgada por estar em investigação, foi descartada.
Um morador de Santo Antônio da Platina, de 30 anos, portador de obesidade mórbida, começou a apresentar sintomas de gripe em 25 de abril e morreu cinco dias depois. A segunda morte foi de uma mulher, de 45 anos, moradora de Ibaiti. Os sintomas de gripe começaram em 29 de abril e ela morreu em 10 de maio, pois procurou tardiamente o serviço de saúde. Ambas as mortes foram investigadas e reavaliadas pela equipe técnica da Secretaria estadual da Saúde.
Monitoramento
Como a gripe não é uma doença de notificação obrigatória, os números divulgados são resultados do monitoramento de 26 micro-organismos (vírus e bactérias) feito pela Secretaria de Estado da Saúde. O monitoramento é feito por amostras coletadas nas 52 unidades sentinelas (pronto-atendimentos, unidades de saúde e hospitais) em 21 municípios. As amostras são processadas no Laboratório Central do Estado (Lacen), em São José dos Pinhais.
O trabalho a metodologia desenvolvida no Center for Disease Control and Prevention (CDC de Atlanta), órgão governamental norte-americano responsável por pesquisas e ações na área de saúde pública.
Estratégias
Como forma de evitar casos graves e mortes por gripe, o Governo do Paraná prevê três estratégias. A primeira é a prescrição do antiviral oseltamivir nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
“Os profissionais de saúde do Paraná estão orientados, desde 2011, a prescrever o medicamento, independentemente da confirmação laboratorial, para todos os casos de síndrome gripal (doentes) e síndrome respiratória aguda grave (internados)”, explica o superintendente.
O antiviral é distribuído gratuitamente nos serviços de saúde da rede estadual e municipal. De acordo o Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) são mais de 202 mil tratamentos em estoque no Estado, incluindo a solução oral para crianças.
A vacina é outra das estratégias para conter o avanço da gripe no Estado. O Paraná já imunizou mais de 2,1 milhões de pessoas dentro dos grupos prioritários, aproximadamente 92% do público-alvo inicialmente previsto (gestantes, idosos, crianças de seis meses a menores de dois anos, trabalhadores de saúde, indígenas, população privada de liberdade e doentes crônicos). “Ampliamos também a campanha para crianças menores de cinco anos com as vacinas que sobraram”, destaca Sezifredo Paz.
Prevenção
A tendência é que o número de casos aumente com a chegada do frio. A principal recomendação é manter as mãos bem higienizadas, se possível com o uso de álcool em gel. Abrir janelas, deixar os ambientes bem arejados e com as superfícies sempre limpas também ajudam a evitar a transmissão da doença.
Da AE Notícias