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SAÚDE

Estado lança campanha que alerta para os primeiros sintomas da Hanseníase

Apesar do Paraná registrar queda no número de casos de hanseníase, a doença ainda enfrenta muito preconceito e a maioria dos casos é diagnosticada já em estágio avançado.

25/05/2013 - 10:53


Para o secretário estadual da Saúde em exercício, René Santos, dar acesso à informação é a principal maneira de enfrentar o estigma que existe em torno da doença e ainda contribui para melhorar os índices de diagnóstico precoce. “É preciso conscientizar tanto a população quanto os profissionais de saúde. A Hanseníase é uma doença que não escolhe faixa etária ou classe social e, por isso, todos devem estar atentos aos sintomas”, explicou o secretário durante evento comemorativo do Dia Estadual de Conscientização sobre a Hanseníase. 
O preconceito contra a Hanseníase vem do passado, quando a doença ainda era chamada de lepra. Ela se manifesta através de manchas esbranquiçadas e avermelhadas que afetam a sensibilidade da pele. “Qualquer tipo de mancha dormente deve ser encarada como suspeita de hanseníase. Nesse caso, é importante que a pessoa vá a uma unidade de saúde para uma consulta”, alertou o secretário. 
Antigamente, as pessoas com Hanseníase eram isoladas da sociedade e ficavam internadas em hospitais-colônia. De acordo com Francisca Barros da Silva, que já teve a doença, o modo como a Hanseníase era tratada causava sérios prejuízos sociais ao paciente. “As pessoas perdiam o contato com a família e eram totalmente excluídas da sociedade”, destaca. 
Hoje, isso mudou. A Hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado em casa, com o apoio da família. O tratamento dura entre seis meses e um ano e, após iniciado, possibilita que o paciente tenha uma vida normal, já que os medicamentos bloqueiam a transmissão do bacilo causador da doença. 

NÚMEROS - Somente no ano passado, 991 pessoas foram diagnosticadas com Hanseníase no Paraná. O número é 27% menor do que o registrado em 2007. Além da redução, o governo estadual conseguiu avançar na organização da rede de atenção integral ao paciente com Hanseníase. Hoje, o Estado garante atendimento durante todas as fases do tratamento, incluindo a reabilitação dos pacientes que apresentam sequelas em decorrência da doença. 
Esta etapa do tratamento é realizada desde o ano passado no Paraná, com a retomada das cirurgias reabilitativas da Hanseníase. O bacilo da doença afeta os nervos periféricos e pode causar deformidades nos pés e nas mãos. Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Nivera Stremel, as cirurgias melhoram a qualidade de vida dos pacientes, pois podem recuperar a autonomia funcional dos membros afetados. “São procedimentos que não eram feitos no Paraná há mais de 10 anos. Muitos pacientes puderam voltar a trabalhar após a recuperação”, afirma. 
Desde maio do ano passado, 58 pessoas passaram pela cirurgia e agora complementam o tratamento com sessões de fisioterapia.

Da AE Notícias

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