A Secretaria de Estado da Saúde divulga novo informe técnico que trata da situação da dengue no Paraná. De acordo com o documento foram confirmados 44.228 casos da doença desde agosto de 2012 até esta terça-feira. Nas últimas duas semanas apenas dois municípios apresentaram situação epidêmica no Estado (Inajá e Tamboara).
Apesar da queda das temperaturas, as regiões Norte, Noroeste e Oeste do Paraná apresentam condições climáticas favoráveis à reprodução e desenvolvimento do mosquito da dengue. O superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, destaca que o período crítico da doença já esta terminando, mas o cuidado deve continuar. “Embora a proliferação do mosquito seja maior no verão, o outono do Paraná também registra dias de chuva e de calor, condições ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti”.
Os municípios com maior número de casos notificados são Paranavaí (10.965), Campo Mourão (6.585) e Londrina (5.962). Os municípios com maior número de casos confirmados são Paranavaí (10.327), Peabiru (2.447) e Campo Mourão (2.337).
CASOS GRAVES – Desde agosto de 2012 até agora são 44.228 casos da doença no Paraná. Destes, 147 evoluíram para a forma grave – dengue hemorrágica ou dengue com complicações.
O novo informe confirma três novas mortes pela doença no Estado. Todos os pacientes que morreram eram idosos e apresentavam comorbidades, como hipertensão e diabetes.
Uma das mortes confirmadas é a de um homem de 82 anos, morador de Campo Mourão. De acordo com a investigação da secretaria, o óbito foi causado por dengue com complicação. O idoso morreu em 21 de março, era hipertenso e começou a apresentar sintomas da doença no dia 12 do mesmo mês.
Em Foz do Iguaçu, um homem 65 anos também morreu por dengue com complicação, em 5 de maio. Ele era hipertenso e apresentou os primeiros sintomas no dia 1º do mesmo mês.
Um paciente de 73 anos que adquiriu a dengue em Maringá morreu em 17 de março pelo grau máximo da febre hemorrágica, cinco dias após apresentar sintomas. O homem também tinha hipertensão e diabetes.
O coordenador da sala de situação da dengue, Ronaldo Trevisan, explica que os profissionais de saúde de pronto-atendimentos devem estar atentos a pacientes que apresentem sinais de alerta, como outros problemas que podem agravar a doença. “A possibilidade de pacientes com este quadro evoluírem para a forma grave da dengue é maior”.
Da AE Notícias