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Policiais federais dão prazo até o dia 26 para governo atender às reivindicações

A decisão será tomada em uma assembleia no dia 27.

20/08/2013 - 16:34


Os agentes, escrivães, papiloscopistas e funcionários administrativos da Polícia Federal prometem parar por tempo indeterminado no final do mês, caso o governo não atenda às suas reivindicações ou pelo menos faça uma proposta razoável até o dia 26 de agosto, prazo final para negociações entre as duas partes.
Nesta terça-feira (20), os policiais federais fizeram um protesto na capital paulista para reivindicar melhores condições de trabalho. Eles saíram em passeata nas imediações da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, no bairro da Lapa, zona oeste da cidade.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo (Sindpolf), Alexandre Santana Sali, a categoria reivindica a reestruturação da carreira e das suas atribuições, combate ao assédio moral e às perseguições, o fim do sucateamento da Polícia Federal e a reformulação do sistema de investigação, entre outros temas.
Além das faixas, os policiais carregaram um grande elefante branco com a palavra inquérito escrita para simbolizar o descontentamento dos policiais com o sistema investigatório atual. “A investigação é feita por meio de inquérito policial, que é burocrático, desnecessário tanto para a fase judicial quanto para a instrução criminal do Ministério Público, que é o titular da ação. O crime acontece, o delegado instaura o inquérito e a investigação é feita sem contato no campo ou no momento do crime”.
De acordo com o sindicalista, muitas vezes, por falta de integração, o inquérito é devolvido pelo Ministério Público para complementação dos trabalhos policiais. “A investigação fica paralisada, o que gera atraso, prescrição do crime, perda de provas, e também muitas testemunhas se mudam durante esse tempo. Uma das soluções que vemos é os policiais de campo trabalharem diretamente com o Ministério Público, tendo 90 dias para concluir a investigação”.
Sali falou ainda que funcionários contrários a atos abusivos da administração são perseguidos e ameaçados de relotação. Ele destacou ainda que, constantemente, há cortes no orçamento, comprometendo a estrutura e o aparelhamento da instituição, além de os policiais serem de nível superior, mas terem atribuições funcionais de nível médio.

 

Da Agência Brasil

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