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Projeto-piloto de estímulo à inovação é aplicado em Cascavel

Oficinas e consultorias in company acompanham o empresário da ideia ao resultado de projetos inovadores; novas vagas multissetoriais serão abertas em 2014.

15/12/2013 - 14:37


Henrique Scotton estava com dificuldade de vendas na empresa. Vanderlei Marafon precisava de uma máquina que custa cerca de R$ 1,5 milhão. Rafael Predebon queria aumentar a produtividade da equipe. Todos gestores ou proprietários de empresas em Cascavel, no Oeste do Paraná, que acharam na inovação o recurso que precisavam para melhorar a competitividade dos seus negócios.
“Quando se fala em inovar, muita gente tem em mente que será preciso gastar muito dinheiro e que isso não é para empresa de pequeno porte, familiar. Entretanto, a inovação pode não custar nada ou muito pouco e gerar lucro e economia para o empresário, seja a curto, médio ou longo prazo”, destaca o consultor do Sebrae/PR, Osvaldo César Brotto.
Foi participando da Oficina de Inovação – Da Ideia ao Resultado, iniciativa do Sebrae e da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que uma turma de empresários cascavelenses do setor de metal mecânica descobriu que inovar é mais fácil do que imaginava e as soluções estão ao alcance de todos, basta ter criatividade.
Das mais simples às mais complexas, argumenta o consultor do Sebrae/PR, as inovações nada mais são que soluções para problemas do dia a dia dos negócios e foi o que Henrique Scotton detectou no decorrer dos encontros da Oficina de Inovação Sebrae/Anpei. “O mais interessante é que percebemos que os problemas não são só nossos, que outras empresas também precisam inovar”, lembra Scotton.
Em apenas quatro encontros, num total de 16 horas de treinamento, mais algumas horas de consultoria in company depois de cada módulo da oficina, os participantes tiveram condições de identificar problemas em suas empresas e montar as soluções para aplicar e melhorar os resultados. “Com a metodologia, eles aprendem na prática como fazer a inovação acontecer”, enfatiza Osvaldo Brotto.
 
Boas ideias
Para melhorar as vendas, Henrique Scotton conta que fez acontecer um projeto que já imaginava, mas nunca tinha planejado como. “Vendemos bombas e rodas d’água para agricultores e eles geralmente conhecem nossos produtos por meio de catálogos. Com o planejamento do curso, resolvemos criar um novo canal de vendas e já temos duas cooperativas utilizando nossas bombas em sistema de consignação”, afirma.
Com isso, o investimento de Scotton foi mínimo, o de levar o produto até as cooperativas, mas o retorno virá a partir do momento em que toda a gama de cooperados puder ver o produto em funcionamento, com o aval da cooperativa. “Consigo expor meu produto onde meus clientes estão, já que o brasileiro gosta de ‘ver com as mãos’”, constata.
Para Rafael Predebon, o problema a ser solucionado na empresa era a produtividade, num primeiro momento, na operação de uma única máquina. “Aos olhos do mercado parece que nossa ideia foi muito simples, mas para a empresa foi uma inovação. Com o treinamento de um operador de torno, em apenas um mês, melhoramos em 10% a produtividade”.
Predebon salienta que a Oficina de Inovação ajudou a ter mais clareza sobre como ele faria aumentar a produtividade da empresa e, depois de sanado o problema com a máquina específica, pretende elaborar um plano de metas e premiação a todos os colaboradores. “Na correria do dia a dia não paramos para pensar em soluções inovadoras e quando conseguimos enxergar, elas podem ser simples”, assinala.
 
Oportunidade
Há cerca de um ano, o empresário Vanderlei Marafon sentiu a necessidade de pensar em uma solução para substituir o serviço de uma máquina que custaria R$ 1,5 milhão para a empresa. “É um custo alto, uma máquina importada, que não teríamos condições de comprar. Assim, coloquei o projeto no papel, mas faltava um alinhamento, a parte de gestão do projeto e foi o que encontrei na Oficina”, diz.
O custo de Marafon com a máquina inventada por ele não chegou a 10% do valor da importada e, durante os módulos do treinamento do Sebrae/Anpei, foi ainda mais adiante e projetou novas funções para o maquinário dentro da empresa. “Aperfeiçoamos a ideia e aproveitamos o conhecimento adquirido. Também temos intenção de patentear e, quem sabe, vendê-la”, prevê o empresário.
Essa primeira turma da Oficina de Inovação Sebrae/Anpei no Paraná teve a participação de apenas cinco empresas de um setor em específico. Entretanto, conforme orienta Osvaldo Brotto, do Sebrae/PR, foi uma ideia que deu certo, trouxe resultados efetivos e deve ser seguida em 2014. “Nosso intuito é que novas vagas sejam abertas e que as turmas sejam multissetoriais”, antecipa.

Da Assessoria

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