A questão Diversidade abrange as questões indígenas, étnicos raciais, diversidade sexual e relações de gênero e diversidade religiosa na Educação. A SMED dividiu os temas para que durante o ano possam ser realizadas capacitações específicas aos professores. “Queremos trabalhar com cada tópico da diversidade ao longo do ano e resolvemos começar pela questão indígena”, explicou a coordenadora da Diversidade da Secretaria de Educação, Caroline Recalcati Silveira, juntamente com o também coordenador, Gênelle Rrambeck.
No primeiro dia de capacitação foi abordada a questão indígena nas Américas, por meio de palestras da socióloga Moema Viezzer e do historiador, pós-doutor Marcelo Gondin Nadon. No segundo encontro, na quinta-feira (24), o Doutor Paulo Porto discutiu a questão indígena da perspectiva da diversidade. “Ou seja, do outro. Da perspectiva de lutar contra o preconceito e apresentar a temática de maneira que não trabalhe o senso comum, como as questões que permeiam a região oeste de falsas afirmações de que é muita terra para os índios” afirmou Porto.
O Doutor lembrou ainda, a riqueza cultural dos povos indígenas. “Na verdade é uma fala generalista para discutir a questão de uma maneira mais geral, mas tentando entender o que é esse indígena do Paraná e sua importância na história da região”. Para Porto discutir o assunto da perspectiva da Educação é fundamental. “De maneira geral a Educação brasileira, as escolas tanto da rede pública, quanto da rede privada trabalham o assunto de forma muitas vezes folclórica e equivocada, baseada no senso comum. O Paraná tem mais de 32 Aldeias com três etnias muito fortes e vemos a Educação trabalhar de modo muito superficial esse assunto. Então nós enquanto educadores temos o dever de nos posicionar frente a essa questão e trazer a verdade a público”.
Para a secretária de Educação, Tania de Grandi, a escola por atribuição e como instituição é responsável por trabalhar a questão da pluralidade cultural. “O trabalho vai além da questão indígena e aponta para o princípio de que a escola pública existe para todos indistintamente das diferenças de cada individuo. Discutir a diversidade requer a descontração de muitos conceitos para construção de outros e investir nesse sentido é uma das atribuições da Educação”, finalizou ela.