O edital de nº 006/2011 da Valec prevê a execução dos estudos em dois lotes. Um deles corresponde à ligação ferroviária de Mato Grosso do Sul com o município de Panorama, no trecho Maracaju, a Paranaguá, no Paraná, com extensão de 1.116 quilômetros. O outro lote contempla a Ferrovia Norte-Sul (FNS), no trecho Panorama (São Paulo) e o Porto Rio Grande (Rio Grande do Sul), com extensão de 1.620 quilômetros.
O edital, assinado por Cleilson Gadelha Queiroz, presidente da CPL (Coordenação-geral de Programação e Controle), diz que o recebimento das propostas ficou marcado para o dia 25 de maio de 2011, às 10 horas, no auditório do 16º andar do Edifício Palácio da Agricultura, localizado no Setor Bancário Norte, Quadra 01, Bloco F, Brasília. O edital estará disponível para consulta e retirada a partir do dia 6 de abril.
Histórico
O ponto de partida para viabilizar os estudos para a expansão da ferrovia paranaense foi uma reunião entre o governador do Paraná, Beto Richa, e o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, no dia 7 de fevereiro, em Curitiba.
O encontro serviu para unir esforços em torno de um projeto de integração ferroviária entre os dois estados. O objetivo era discutir a construção de um ramal ferroviário interligando a Ferrovia do Pantanal, na região de Maracaju e Dourados (Mato Grosso do Sul), até Cascavel (Paraná), passando por Mundo Novo e Guaíra.
O passo seguinte foi a reunião dos governadores, no dia 16 de fevereiro, com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, em Brasília. Na ocasião ficou definido que a Valec também faria o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental do trecho entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá.
Este novo ramal, defendido pela Ferroeste, é fundamental para solucionar o gargalo existente na linha da antiga ferrovia da RFFSA, entre Ponta Grossa e o porto. O trecho, cuja construção começou na época do império, não comporta o volume de cargas somado das regiões Oeste do Paraná, Centro-Oeste brasileiro e Paraguai.
FERROESTE
Segundo o presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, a publicação do edital foi possível graças a um trabalho conjunto das bancadas paranaenses no Congresso Nacional e aos esforços dos governadores do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
Theodoro ressaltou ainda o trabalho do comitê especial criado pelo Ministério dos Transportes para elaborar os primeiros estudos, que teve a participação de representantes dos dois Estados, da Ferroeste e do Governo Federal.
O presidente da Ferroeste ressaltou que sem o apoio do Ministério dos Transportes, do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) o projeto não teria avançado. “É preciso destacar o empenho da Valec na consecução desse projeto”, salientou Theodoro.