Feiden defendeu que o município de Toledo pode ir além da simples produção de filé de tilápia, citando alternativas como a costela de pacu e os nugets de peixe, além do peixe maturado e o peixe orgânico, entre outras opções que agregam valor ao pescado. Segundo ele, a planta prevista no projeto tem área de 620m², com capacidade de produzir embutidos e enlatados e deve exigir recursos de cerca de R$ 1,9 milhão. Ela teria capacidade de produzir de 1 a 9 toneladas diárias de enlatados e 500 Kg de embutidos, mas o objetivo é dominar e difundir a tecnologia.
GERAL
Projeto de processamento de pescado é apresentado na Tribuna Livre
Criar em Toledo uma planta de processamento de pescado pelo Campus de Toledo da Unioeste. Essa foi a proposta apresentada pelo professor doutor Aldi Feiden da Unioeste e membro do GEMAq (Grupo de Estudos de Manejo na Aqüicultura) na tribuna Livre realizada nesta segunda-feira na Câmara.
O professor lembrou o exemplo da Sadia, que produz em Toledo cerca de 200 toneladas de produtos derivados de aves na última indústria instalada no complexo local, e defendeu que o projeto permitirá diversificar e agregar valor à produção da piscicultura. A planta industrial também deve servir para a capacitação e segundo o professor o custo não é tão alto se projetar-se o ganho que trará para a região, uma vez que além do beneficiamento do pescado o projeto prevê cinco núcleos de cozinhas industriais em municípios parceiros.
Segundo o professor há carência de assistência técnica ao produtor, com apenas dois profissionais, mas a Emater tem projeto para contratar cinco técnicos e a grande dificuldade é conseguir recursos para implantar um projeto como esse. Os vereadores manifestaram apoio ao projeto e Leoclides Bisognin lembrou que apesar da Akwaforsk, que considerou “uma tragédia”, as universidades são centros de difusão e o projeto pode desenvolver e difundir tecnologia. O vereador informou que Toledo deve ganhar uma nova planta piscícola dos Pescados Sereia e comentou que fazer ração exige preparo, mas é possível conseguir apoio de deputados para buscar recursos federais.
O vereador Luís Fritzen questionou em nome de quem o projeto será encaminhado, tendo a resposta de que o projeto foi cadastrado em 2010 em nome da Unioeste mas comporta um proponente e um executor, existindo à disposição o Instituto Água Viva e a Fundação Universitária, mas deve sair para a universidade. Já Renato Reimann destacou sua preocupação de que o pequeno produtor seja atendido e que os produtos tenham a menor quantidade possível de produtos químicos. Aldi Feiten informou que em Rio Grande (RS) conheceram um peixe enlatado apenas com água e sal com 4 anos de validade após duas horas de temperatura de 117 graus Celsius. Segundo ele pode-se por conservante, aglutinante e corante, tudo dependendo de uma regulamentação municipal, recomendando porém que a normatização deve ser sem muita burocracia para o produtor registrar os seus produtos.
Os vereadores também foram convidados a participar do 5º Jantar à Base de Peixe, que será realizado no dia 14 de maio no Jardim Coopagro, em parceria entre o curso e a Pastoral da Criança, com 7 a 8 produtos diferentes sendo servidos na Paróquia São Francisco e em benefício da instituição de atendimento à infância. O curso de Engenharia de Pesca está em Toledo desde 1997 e em dezembro último assumiu o Centro de Pesquisa em Piscicultura Ambiental-CPAA.
Confira entrevista em vídeo com o professor da Unioeste Aldi Feiden e com o engenheiro de pesca Altevir Signor.
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