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GERAL

Intercâmbio entre GEMAq e Copel reforça estudos com espécies em extinção do Rio Iguaçu

A Bacia do Rio Iguaçu apresenta mais de 80% de sua ictiofauna endêmica, isto é, as espécies só existem nesta bacia e isto decorre do isolamento geográfico causado pelas inúmeras cachoeiras ao longo dos 1080 Km do rio Iguaçu. Com o grande uso de suas margens para agricultura e pecuária e, a série de represamentos para fins de geração elétrica modificaram a estrutura do ambiente e muitas das espécies sofreram impactos negativos.

16/04/2011 - 05:18


Para estudar a dinâmica das espécies e seu comportamento nestes novos ambientes tanto a Copel como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e outras universidades realizam estudos visando a preservação e o uso destas espécies para cultivo comercial.

O maior peixe desta Bacia, o Surubim do Iguaçu Steindachneridion melanodermatum, tem sofrido impacto ambiental e está na lista de espécies em extinção. A Copel por meio da Estação Experimental de Estudos Ictiológicos de Segredo (EEEIS) realiza estudos sobre reprodução e reforço de estoque na área de suas usinas hidrelétricas, localizadas no rio Iguaçu. O Grupo de Estudos de Manejo na Aquicultura (GEMAq), da Unioeste, campus Toledo - com a equipe multidisciplinar de pesquisadores – nos últimos dez anos têm realizado estudos com esta espécie para desenvolver tecnologias de cultivo comercial, em viveiros escavados e tanques-redes.
Nos últimos meses, a parceria entre pesquisadores das duas instituições citadas permitiu o intercâmbio de recursos genéticos, ou seja, a troca de matrizes para renovação e ampliação do estoque de reprodutores utilizados para a pesquisa. No início deste ano, o GEMAq repassou várias animais adultos para a Estação de Segredo e, nesta semana, o Grupo recebeu um lote de alevinos, que serão utilizados para estudos de nutrição e manejo no Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Rio Iguaçu (CDT – Iguaçu).
O líder do GEMAq, o professor Dr. Aldi Feiden, explica que esta permuta de peixes é importante para manter a diversidade genética do plantel de reprodutores, pois a origem destes peixes são provenientes de populações diferentes e isto é fundamental para evitar problemas de consanguinidade. Ele ainda argumenta que uma das formas para preservar a espécie e cultivar o peixe, pois assim podem ser feitos trabalhos de educação ambiental e fornecer para o consumo humano peixes criados em cativeiros. “Isto faz com que se reduza a pesca indiscriminada, o que pode levar esta espécie em extinção”.

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