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DESENVOLVIMENTO

“Debate sobre aeroporto regional não pode sair da pauta, sem modal aéreo região corre o risco de estagnar”, afirma doutor da Unioeste

 Discutir o desenvolvimento regional passa necessariamente pelo debate a cerca de que modais de transporte estão disponíveis para movimentar nossa economia. Atualmente está na pauta novamente a extensão dos ramais da Ferroeste. Recentemente foi publicado edital com os termos da concorrência para a contratação da empresa que vai elaborar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) dos novos ramais da Ferroeste. Já sobre o aeroporto regional se teve a notícias de que no mês de fevereiro o governador Beto Richa recebeu um estudo elaborado por uma equipe técnica de Cascavel para a construção do aeroporto regional no município.

21/04/2011 - 12:49


 O projeto foi entregue pelo deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB). O documento com a proposta de construção inclui a previsão de investimento e um planejamento das fases da obra.  O governador, entretanto, foi lacônico; ele reconheceu a importância do aeroporto para o desenvolvimento econômico de toda a região: “Conhecemos a realidade e sabemos da força produtiva do Oeste. Um novo terminal certamente vai contribuir para alavancar o crescimento local”, afirmou. Apesar de Cascavel tomar a dianteira nessa disputa de onde deve se instalar o aeroporto regional, estudo feito por pesquisadores da Unioeste dão conta que as condições climáticas onde está localizado o aeroporto de Cascavel comprometem os pousos e decolagens das aeronaves, muitos voos acabam sendo cancelados por não haver teto. Outro fato que deixa a discussão em ‘banho maria’ é que este projeto não está contemplado no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) do Governo Federal. A prioridade agora é dar condições para aeroportos localizados em pontos estratégicos para a Copa 2014. Entretanto adiar essa discussão ou torná-la um simples debate bairrista entre Toledo e Cascavel pode ter conseqüências graves para o desenvolvimento da região como um todo. Essa é a análise do professor Doutor em Engenharia de Produção, Weimar Freire da Rocha, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Na análise de Weimar adiar essa discussão tem que acontecer devido a pujança econômica que a região detém. “Nossa região tem um enorme potencial: mercadorias como frutas in natura, vestuário e o transporte de pessoas são demandas que já existem, mas precisam de um modal aéreo. Caso não viabilizemos o transporte para outras regiões do país corremos o risco de estagnar”, alerta Weimar, que salienta ainda que “já exportamos carnes congeladas, mas, temos a possibilidade de exportar carnes frescas, e o vestuário (Terra Roxa) vai expandir ainda mais além de outros setores que estão se tornando viáveis em função das demandas”. Na opinião do professor há outro aspecto que vem se destacando que é o aumento de fluxo de pessoas que precisam viajar pra outras regiões e que precisam fazer isso de forma ágil, rápida, por meio do transporte aéreo. “Existem empresários que precisam se deslocar para outras regiões para participar de reuniões de negócios em São Paulo, por exemplo, e não podem fazer isso de ônibus, precisam de rapidez no transporte”, salienta Weimar sobre os entraves que a falta de um modal aéreo ocasiona. Ele lembra que e, Maringá e Londrina estão disponíveis vôos que saem pela manhã para Curitiba e voltam a tarde, o que facilita a locomoção de empresários daquelas cidades.

De acordo com o professor Doutor em Engenharia de Produção falta planejamento do poder público para identificar quais são as demandas e fazer os investimentos necessários para não trancar o desenvolvimento. “O que precisa ficar bem claro é que os recursos utilizados em aeroporto não serão recursos tirados de escolas, ferrovias ou rodovias. Existem rubricas específicas que estamos disputando com outros grandes centros para uso de recursos em aerovias. Mas, cabe ao nosso líderes políticos atrair esses recursos desses fundos para gerar melhorias no sistema aéreo viário”, explica Weimar que destaca ainda se deixarmos de discutir o aeroporto e função da ferrovia  podemos estar comprometendo o desenvolvimento da região.

Weimar relata que quando iniciou o projeto de pesquisa de viabilidade do aeroporto, nos anos de 2007 e 2008, a demanda já era relativamente. “O estudo já apontava que era preciso conectar a região ao resto do mundo, pois pessoas queriam investir no oeste, e também outras queriam sair investir em outros lugares”, conta o professor que analisa que sem o modal aéreo a região corre o risco de estagnar.

 

Confira entrevista completa em vídeo.

 

Por Rosselane Giordani

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