A corrida eleitoral municipal começa oficialmente em todo o país, no dia 15 de agosto, no entanto os pré-candidatos já percorrem ruas, comunidades e a imprensa. Nesta segunda-feira (1), a Casa de Notícias recebeu a visita dos pré-candidatos pela Coligação Renovação com a Força do Povo, Odacir Fiorentin e Winfrey Mossinger. O objetivo da visita foi apresentar eixos que pretendem defender durante o processo eleitoral e sinalizar bandeira branca anunciando que no futuro, independente do resultado eleitoral, poderá recorrer aos opositores para composição do seu governo, ou se colar a disposição caso outro candidato seja vitorioso. Segundo Fiorentin no pós-eleição “o partido que interessa é Toledo”.
Fiorentin fez defesa do seu currículo como professor, secretário, diretor do Cultivando Água Boa – da Itaipu Nacional e chefe da 20ª. Regional de Saúde como credencial para disputa do executivo municipal. “A gente construiu uma vida pública para chegar a este momento e colocar meu nome a disposição do PPS há 11 meses e desde lá estamos trabalhando a candidatura”, defendeu Fiorentin. Mossinger também defendeu sua história política. “Fui vereador de 2000 a 2008. Em 2005 fui presidente da Câmara e em 2008 assumi a direção da EMDUR”.
A aliança do PPS e PSB sinalizou a linha mestre do Plano de Governo, que, segundo eles ainda está em processo de elaboração e discussão com a comunidade. Para os pré-candidatos o debate deste pleito deverá se focar nas questões da saúde pública, escola em tempo integral e na gestão pública segundo o princípio da matricialidade. “É o entendimento de que tudo está conectado, programas, processos, metas e resultados, como a teia da vida. Como o planejamento da natureza que forma as bacias, as hidrobacias”.
Para Fiorentin melhorar a saúde pública passa pelo fortalecimento da atenção básica, construção do Hospital Municipal (baixa e média complexidade) e concluir o Hospital Regional. “Mais que estrutura é preciso fortalecer a atenção básica, porque a saúde preventiva é mais importante que a saúde corretiva”.
Para Fiorentin o desafio na área da saúde, não é a estrutura de hospitais. “A doença da juventude hoje são as drogas, as doenças psico-sociais, doenças da dependência da nossa juventude. Toledo precisa ter uma visão macroregional sobre isso, que tende a ser mais acentuada”.
O pré-candidato do PPS e PSB defende que a segurança-pública tenha outro foco. “Temos a ciência que ir para o caminho da ampliação considerável das estruturas, do recursos humanos e estrutura de veículos não pode ser a regra básica. Precisamos ter um plano de estrutura familiar a curto, médio e longo prazo. Não se esgota em uma gestão. Isto vai demorar 20, 30 anos para que a gente mude a cultura. Estamos deixando a sociedade correr livremente e vamos aumentando as estruturas na área de segurança e outras áreas. A visão que se tem é construir obras físicas, sendo que o que temos que fazer é trabalhar as pessoas”.
Diante de qualquer proposta a ser defendida por qualquer um dos pré-candidatos há um desafio a ser transposto, o do limite prudencial, ou seja, o percentual limitado pela Lei de gastos em relação às receitas. “Tem dois focos a ser atacado, o primeiro é uma gestão eficiente e eficaz com a redução significativa da estrutura funcional de cargos comissionados. Esta realidade está inserida em nível nacional, o serviço público está muito inchado e a outra é a busca de parceria público-privado, por exemplo, nas áreas de creches. Existe uma Lei Federal que as empresas com um determinado número de funcionários são obrigadas a ter creches para suas funcionárias”.
Fiorentin diz que para enfrentar o limite prudencial é preciso ter um gestor altamente qualificado na indústria e comércio. “Quando se tem uma realidade de estar no limite do aceitável e o desejável pela legislação você tem que ter o aumento de receita. É preciso incentivar a industrialização e o comércio”. Ele ainda defende a implantação de uma sala de projetos, para capacitação de recursos.
O pré-candidato do PPS e PSB defendeu que o pleito seja pautado pelo debate de ideias. “Toledo terá cinco candidatos, são cinco valiosos cidadãos que pretendem colaborar com o município”. Ele anuncia que comporia o governo com qualquer um dos candidatos. “Eu e o Mossinger não teríamos absolutamente nenhum problema com isso, se dentro das minhas possibilidades pessoais e profissionais eu tivesse a condição real de contribuir. Mesmo indiretamente eu sempre estive disponível”, finalizou.