A primeira rodada de negociações entre Sindicato da Alimentação e BRF para discutir o reajuste salarial 2016/2017 dos mais de 6.000 trabalhadores da unidade de Toledo terminou sem acordo na tarde desta quarta-feira, 15.
De acordo com o representante da categoria, a BRF apresentou uma proposta pouco atrativa de 7,5-% de reajuste linear, o que representa uma perda de 1% comparado a inflação do período e sem ganho real para o trabalhador, mantendo também o vale alimentação em R$ 200,00, mas com a inclusão de 6 kits de produtos da empresa como bônus aos trabalhadores.
Segundo o presidente do STIA-Toledo, João Moacir Lopes Belino, o setor de alimentação foi um dos que mais cresceu nesse momento de crise que vive o país e a proposta mostra justamente o contrário disso, pois, não reconhece o esforço dos trabalhadores que impulsionaram esse crescimento.
A proposta, na avaliação do Sindicato também ficou longe das expectativas criadas para esta primeira rodada de negociações. “Nós viemos para essa mesa negociação com a esperança de que a BRF nos apresentasse uma proposta que pudéssemos levar para apreciação do trabalhador e até sugerisse a ele a sua aprovação, mas não podemos fazer isso quando significa prejuízos”, explicou o presidente.
João Moacir ressalta também que a negociação continua em aberta. “Ao mesmo tempo que criamos uma boa expectativa para fechar esse acordo também sabíamos que isso poderia não acontecer hoje. Agora vamos discutir amplamente e aguardar uma próxima rodada nos próximos dias”, avaliou.
Quanto ao acordo 2015/2016, em que se pretendia discutir nessa primeira rodada de negociação, a BRF limitou-se a informar que o reajuste desse período, como está sob judice, será decidido pela justiça.