Motivado pela alta competitividade de mercado e pelo aumento no consumo da carne de frango, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Toledo e BRF deram início nessa semana as discussões para implantação do sexto dia de trabalho no setor de aves para a unidade local que é uma das maiores do país. A discussão é fruto de um estudo da empresa.
Na última quinta-feira, 6, o presidente João Moacir Lopes Belino e outros diretores se reuniram com a gerência da unidade local para discutir essa alternativa, que na prática, significaria que a jornada de trabalho passaria de segunda a sexta-feira para segunda a sábado, entretanto, os trabalhadores seriam beneficiados com uma folga por semana, além do domingo.
Segundo João Moacir, trata-se de um estudo para implantação e o Sindicato está analisando os efeitos que isso causaria principalmente na vida social dos trabalhadores. “Essa é a grande preocupação do Sindicato. Esse tipo de atividade é bastante cansativa e normalmente a partir de sábado é que o trabalhador aproveita para se dedicar a família e a outras atividades de lazer, que ele não poderia fazer na sua folga durante a semana”, explicou o presidente.
Na opinião do Sindicato, a reunião foi bastante produtiva, pois, a gerência da unidade também se comprometeu a buscar novas alternativas para dar sequência as discussões. “Estamos sempre dispostos ao diálogo, mas precisamos analisar bem e consultar o trabalhador sobre aquilo que ele considera um benefício ou um prejuízo para ele”, disse.
Se a jornada do sexto dia fosse implantada na unidade de Toledo implicaria em alguns reflexos econômicos, pois segundo a gerência, aumentaria em torno de 400 novos postos de trabalho direto. Nas linhas, também teria reflexo significativo com o aumento de um dia de abate por semana e de 4 a 5 dias por mês. Desta forma, se hoje são abatidas 300 mil aves/dia, em um mês, significaria pelo menos 1 milhão a mais de aves abatidas.
