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GERAL

Prefeitura vai mostrar funcionamento de aterro em café da manhã no local

Você já pensou em tomar um café da manhã sobre um depósito de lixo? Em Toledo este desafio será cumprido. Será no próximo dia 22 de junho, às 8h, no aterro sanitário municipal, que recebeu uma série de investimentos e está de acordo com as normas exigidas pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão responsável pela fiscalização ambiental.

06/06/2011 - 16:30


“Queremos mostrar à imprensa, autoridades e convidados que é possível tornar o aterro sanitário um local agradável e de preservação ambiental”, comentou o prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato, que propôs o desafio. Ele conheceu outras experiências nos últimos anos, como na Europa e em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, e implantou algumas iniciativas em Toledo, visando a recuperação do espaço.
Além dos cuidados regulares na manutenção, com a cobertura diária das camadas de lixo, está sendo feito um trabalho de paisagismo no local, visando a recuperação do ambiente. A área foi recoberta com grama e está sendo concluído o processo de instalação de queimadores para a incineração do gás metano gerado na decomposição do lixo. O gás, altamente inflável, aumenta riscos de explosões nos aterros sanitários, e também é mais poluente que o gás carbônico. Com a queima, o gás metano, que aumenta os riscos de destruição da camada de Ozônio, deixa de ser liberado na atmosfera. “os queimadores foram instalados em etapas e nesta semana deveremos concluir este trabalho”, explica o engenheiro civil Flávio Augusto Scherer, responsável técnico pelo aterro sanitário municipal. O gás carbônico, liberado na combustão do gás metano, é menos poluente e oferece menos riscos de explosão.
Segundo ele, o aterro sempre esteve dentro das normas exigidas pelo IAP, mas nos últimos tempos foram feitos investimentos que permitiram melhorar ainda mais as condições e que tornaram o aterro exemplo para outros municípios. Entre os investimentos que asseguram maior qualidade estão a destinação de dois tratores de esteira para uso exclusivo do aterro. Antes existia apenas um, o que causava transtorno quando da quebra, em função da necessidade de cobertura diária do material. “A gente dependia da cedência de outro equipamento e às vezes isso demorava um pouco, o que trazia problemas”, explica Flávio Scherer. Além dos dois tratores, o aterro conta com o apoio da Emdur, com uma pá carregadeira e um caminhão basculante para auxiliar no trabalho.
Diariamente, o aterro sanitário municipal recebe em média cerca de 80 toneladas de lixo, um volume que aumenta em períodos de festas, chegando a 100 toneladas. Conforme o responsável pelo aterro, o volume de resíduos vem aumentando a cada ano em função do crescimento da cidade e também por conta do poder aquisitivo da população local e aquecimento da economia. “Há seis meses, tínhamos uma média de 70 toneladas de lixo por dia, hoje são 80 e vai aumentar ainda mais se não forem feitos investimentos em outras iniciativas, como a reciclagem”, diz ele.
Hoje a coleta seletiva está sendo feita pela associação de catadores, que tem um barracão de triagem do material junto ao aterro. O local deverá ser ampliado para permitir o aumento da separação e ampliação da coleta, estendendo para outros bairros da cidade. A coleta em separado está sendo feita atualmente utilizando dois caminhões e a administração pretende ampliar este trabalho, estendendo para outros bairros. Implantado em 2002, o aterro sanitário tem sua vida útil prevista até 2014. “Embora nunca tenha ficado fora dos padrões do IAP, o aterro sanitário de Toledo hoje está bem melhor do que há dois anos atrás. “O ambiente está mais limpo, mais bem cuidado, sem plásticos voando ou mau cheiro no ambiente. Serve de exemplo para outros municípios”, disse Scherer, informando que o custo mensal para a manutenção gira em torno de R$ 44 mil, podendo chegar a R$ 250 mil quando da necessidade da implantação de uma nova célula, incluindo os custos de terraplenagem, instalação de geomembrana e sistema de drenagem de gases e chorrume, líquido gerado na decomposição do lixo. Cada célula tem uma vida útil estimada de três anos.

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