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CULTURA

Toledo recebe espetáculo que une dança e teatro

Peça Remake da Minha Vida traz ao palco um universo piegas, engraçado e sincero

 

25/10/2017 - 15:51


Entre os dias 29 e 31 de outubro o Teatro Municipal de Toledo vai ser palco de uma união entre a dança e o teatro. Protagonizado por Renato Sbardelotto, o espetáculo Remake da Minha Vida coloca em cena as memórias e fabulações mergulhadas nas emoções mais particulares do artista. Com entrada franca o número de público se limita a 50 pessoas por sessão, já que os espectadores ficam no palco. Depois das sessões de domingo e de segunda será realizado um bate-papo.

Em tom tragicômico, a peça questiona o compromisso de cada um de nós com a autenticidade e traz para o palco o universo do piegas, com seu ar engraçado, mas absolutamente sincero, para fazer uma declaração de amor aos que estão presentes e aos que passaram por sua vida. Afetividade, empoderamento, autenticidade, homoafetividade e crítica aos padrões de socialização de gênero são alguns dos temas abordados.

Segundo o diretor e performer, Renato Sbardelotto, o espetáculo é uma profecia que revisita o passado e lança à própria sorte um futuro idealizado. “É um solo de dança-teatro autoficcional. Eu o chamo assim porque tomo por base histórias e imagens da minha vida, mas me permito burlar a realidade e brincar com ela, ressaltando temas que me interessam desdobrar hoje em dia”, comenta.

Ele afirma que em tempos de tanta violência e preconceito, demonstrar ou provocar afeto é um ato de coragem. “É um ato que é necessário nos dias de hoje, declarar-se ao invés de esconder-se. Isso para que outras pessoas possam sentir-se incentivadas ao mesmo. A gente não precisa ficar se fazendo de discreto, de machão, não precisamos ser igual a ninguém. Temos que ser o que somos e o que temos vontade de ser”, declara Renato.

Remake da Minha Vida estreou em 14 de Setembro deste ano, em Curitiba. Ao todo, foram 20 apresentações na capital do Estado. Em seguida, a equipe seguiu para Cascavel, com três apresentações. “Com o espetáculo eu quis seguir minha intuição e não ficar pensando no que os outros artistas iriam pensar no meu trabalho. Eu pensei no que eu queria fazer, e ponto, ver no que dá. Sem criar barreiras para as ideias. A gente se boicota muito”, conclui.

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