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Uso do planeta Terra

De acordo com a Organização das Nações Unidas - ONU, no final de outubro de 2011 está previsto que a população humana atingirá sete bilhões de seres. Em 2030 serão nove bilhões. Uma imensidão de seres humanos disputando espaço, alimentos, água, emprego e moradia. O relatório Planeta Vivo, de 2006, da WWF – World Wildlife Fund – Fundo Mundial da Natureza, definiu o termo “pegada ecológica”. De acordo com este relatório, quanto mais se acelera nossa exploração do meio ambiente, maior se torna a marca que deixamos na Terra.

09/06/2011 - 07:44


O uso excessivo de recursos naturais, o consumismo exagerado, a degradação ambiental e a grande quantidade de resíduos gerados são rastros deixados por uma humanidade que ainda se vê fora e distante da Natureza. Neste sentido, esta organização definiu que, para suprirmos nosso insaciável desejo pelos recursos naturais, já em 1990 necessitaríamos de um planeta como a Terra, ou seja, já estávamos no limite do consumo (média mundial). Em 2011, já estamos necessitando de 1,4 planetas como a Terra! Somente para o Brasil (dados de 2004) seriam necessários 1,16 planetas. Se revertêssemos drasticamente nossa atitude, reduzindo o consumo, evitando contaminação e desperdícios de fontes naturais, ou seja, havendo mudança cultural e comportamental, retornaríamos ao patamar da necessidade de um planeta Terra no ano de 2050. Em relação aos alimentos, a ONU tem um parecer: “Por duas décadas, a demanda global por alimentos aumentou de forma constante, juntamente com o crescimento mundial da população, safras recordes, melhorias na renda e com a diversificação das dietas. Como resultado, os preços dos alimentos continuaram a declinar até 2000. Mas, a partir de 2004, os preços para a maioria dos grãos começou a subir. Embora tenha havido um aumento da produção, o aumento da procura foi maior. Estoques de alimentos se esgotaram. E então, em 2005, a produção de alimentos foi dramaticamente afetada por incidentes meteorológicos extremos nos principais países produtores de alimentos. Em 2006, a produção mundial de cereais caiu 2,1%. Em 2007, o rápido aumento dos preços do petróleo aumentou os custos de fertilizantes e da produção de alimentos. Com os preços internacionais dos alimentos atingindo níveis sem precedentes, os países procuraram maneiras de isolar-se da escassez de alimentos e potenciais choques de preços. Vários países exportadores de alimentos impuseram restrições à exportação. Alguns principais importadores começaram a comprar os grãos a qualquer preço para manter o abastecimento interno. Isto resultou em pânico e volatilidade nos mercados internacionais de grãos. Também atraiu investimentos especulativos a mercados futuros e opcionais de grãos. Como resultado, os preços subiram ainda mais. Posteriormente, os preços das commodities alimentares pareceram estar se estabilizando. Mas os preços devem continuar elevados em médio e longo prazo, com consequências devastadoras para as populações mais vulneráveis do mundo.” Nesta semana do Meio Ambiente, fica mais patente e urgente aplicarmos sem demora o conceito de sustentabilidade: “Suprir as necessidades do presente, sem comprometer a habilidade de gerações futuras de suprir suas próprias necessidades” – ONU, 1987.

 

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