A UNILA está em processo de negociação com a Itaipu Binacional e com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) para decidir o encaminhamento em relação à obra projetada por Oscar Niemeyer, que deveria abrigar o futuro campus da Universidade. O reitor da UNILA, Gustavo Oliveira Vieira, esteve reunido, na manhã desta quinta-feira (21), com o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Luiz Fernando Vianna; o diretor jurídico, Cezar Eduardo Ziliotto; o diretor de coordenação, Newton Kaminski; o diretor-superintendente do PTI, Ramiro Wahrhaftig; o diretor técnico do PTI, Cláudio Osako; além de equipes técnicas de diversos setores das três instituições. Os participantes trouxeram seus pontos de vista sobre os cenários técnicos, financeiros e jurídicos dessa conciliação.
O canteiro de obras localiza-se em terreno doado pela hidrelétrica, situado ao lado da entrada da usina, e a construção está parada desde 2015. De acordo com o reitor Gustavo Oliveira Vieira, “em diálogo com o MEC, fica claro que não existe a disponibilidade orçamentária para a obra avançar”. Assim, outras deliberações tornam-se necessárias para viabilizar a retomada do crescimento da Universidade e o adequado funcionamento de suas atividades acadêmicas e administrativas. A partir deste cenário, as negociações junto à Itaipu e ao PTI caminham rumo a uma possível reversão da doação do terreno, e a discussão é sobre a forma como a Itaipu ressarciria a UNILA pelos valores investidos na obra.
Ainda conforme o reitor, a negociação entre as instituições foi devidamente chancelada pelos ministérios da Educação (MEC) e de Minas e Energia (MME), e as equipes técnicas das instituições envolvidas estão estudando, em conjunto, a melhor maneira de encaminhar as tratativas, que devem prosseguir em 2018. “Estamos trabalhando com a perspectiva do curto para o médio prazo”, observa.
Histórico das obras
A primeira etapa da obra do campus da UNILA iniciou em 2011. Durante a execução do contrato, o Consórcio Mendes Júnior/Schahin alegou um desequilíbrio econômico-financeiro. Esse pleito foi negado pela Universidade, que analisou e não encontrou consistência nos argumentos apresentados. No decorrer do contrato, a Universidade já vinha aplicando multas relativas aos atrasos ocasionados pelo Consórcio na execução da obra.
Em 18 de junho 2014, o Consórcio enviou um comunicado à Universidade informando, de forma unilateral, a “impossibilidade de continuidade das obras nas condições vigentes”. A completa desmobilização e entrega do canteiro à UNILA ocorreu apenas em 5 de janeiro de 2015.
A obra foi interrompida pelo Consórcio com 41% de execução da primeira etapa. Em janeiro de 2017, foram realizadas obras protetivas das estruturas do campus, sob responsabilidade da construtora Guava Manutenção e Serviços. O valor dessa licitação foi de R$ 1,52 milhão e incluiu complemento de estruturas em concreto armado, finalização do subsolo do edifício central, serviços de terraplanagem e drenagem geral, com o objetivo de evitar a deterioração do que já está construído. A execução foi realizada em dez meses.
Fonte: Assessoria de Imprensa Unila
