O sonho de fazer um curso superior sempre esteve presente na vida da acadêmica Flaviana Machado, que hoje cursa o 7º período de Letras Português e Libras na FAG Toledo. “No começo foi difícil, pois tudo era muito novo, mas com a ajuda da minha intérprete eu fui pegando o jeito, me desenvolvi bastante e hoje estou quase formada. Meu sonho é ser uma grande profissional do ensino”, comemora.
Logo que abriu, o curso de Letras Libras atraiu os primeiros acadêmicos surdos para a FAG Toledo. Em 2018 a instituição passou a conta com alunos surdos também nos cursos de Ciências Contábeis e Gestão de Recursos Humanos. “É um privilégio exclusivo da FAG Toledo, contar com tantos acadêmicos surdos. Se trata de uma mudança importante para nós que precisamos nos adequar a esta realidade, contratando profissionais interpretes e adaptando disciplinas”, comemora a coordenadora pedagógica da FAG Toledo, Janice Salvador.
Atualmente o campus conta com quatro intérpretes em Libras, todos egressos do curso de Letras Libras da instituição. Eles atuam no acompanhamento dos estudantes, auxiliando no processo de comunicação em sala de aula. “Por eu ser surda tive algumas dificuldades, mas eu gosto muito de estudar aqui porque a cada dia me desenvolvo mais e as informações ficam mais claras. Os últimos três anos foram de muitas conquistas para mim”, relata à acadêmica Jenifer Pilonski, do 7º período de Letras Português e Libras.
Entre os novos acadêmicos surdos do campus está a estudante Andressa Zembruski, do 1º período de Gestão de Recursos Humanos. Para ela, a FAG Toledo é uma referência para a comunidade surda que quer estudar. “É muito importante uma instituição ter esta estrutura que está me ajudando a realizar o sonho de estudar Recursos Humanos. Estou conhecendo o curso, estou muito feliz e aos poucos quero interagir com os demais surdos daqui”, comenta.
Para Janice Salvador, o número de estudantes surdos matriculados representa uma progressão importante para a comunidade surda regional, que tem encontrado na estrutura da FAG Toledo, o caminho necessário para melhorar o currículo escolar e na carreira. “Uma parceria que tem transformado a vida deles, pois nota-se um ganho de espaço destes jovens na sociedade. Isto também transforma o mercado de trabalho, que passa a perceber o surdo como um profissional potencial para atuar em qualquer área, com a qualificação exigida para a função”, explica.
Além dos acadêmicos da graduação, a Pós-Graduação da FAG Toledo também está com uma estudante surda matriculada na Especialização em Docência no Ensino Superior. A discente Francieli Giza é formada no curso de Letras Libras da instituição e está na etapa final da especialização.
Fonte: Assessoria de Imprensa
