Na Conferência que vai marcar os 20 anos da realização da ECO-92, o programa desenvolvido pela Itaipu Binacional – Cultivando Água Boa vai apresentar suas propostas e experiências por meio de 70 delegados escolhidos nas pré-conferências que serão realizadas neste ano ainda, segundo informou o gerente executivo do programa Odacir Fiorentin.
AMBIENTE
Cultivando Água Boa realiza etapa preparatória para Rio+20
Nesta quarta-feira (15) o município de Toledo foi palco da segunda etapa preparatória promovida pelo Programa Cultivando Água Boa para a Conferência Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, que acontecerá em junho de 2012 no Rio de Janeiro. Esta conferência promovida pelas Nações Unidas tentará fechar um acordo de transição para a “economia verde”, que deverá ajudar a reduzir o número de pobres no mundo. A economia verde terá distintas formas, dependendo do contexto de cada país, seu nível de desenvolvimento e sua situação geográfica. De acordo com analistas, a Rio+20 também será uma oportunidade de troca de experiências sobre iniciativas de energia limpa entre vários países.
Fiorentin explicou que a programa vem fazendo conferências regionais, e no encontro de hoje estão presentes nove municípios. Segundo ele o objetivo é também debater quais propostas serão levadas para a Rio+20. “Nesses pré-encontros em cada município vamos escolher 70 delegados que vão representar os 29 municípios que integram a Bacia III, eles estarão representando o Cultivando Água Boa, e desse modo apresentar propostas que podem contribuir para um planeta mais equilibrado e sustentável. O diferencial do Cultivando Água Boa é isso a sociedade participando e contribuindo para mudança que queremos para o planeta”, destacou o gerente executivo do programa.
O diretor de Coordenação e Meio Ambiente da empresa Itaipu Binacional, Nelton Friedrich, mandou mensagem audiovisual ao presentes no encontro. Em sua fala ele destacou que as ações do programa Cultivando Água Boa tem a proposta de se engajar no movimento que está se construindo até a realização da Conferência Rio+20 em 2012. “Na conferência duas centenas de países e seus líderes estarão fazendo um balanço da Eco – 92, mas também estarão projetando o futuro. Pois estamos diante de uma oportunidade insubstituível de agir”, disse Friedrich.
O deputado estadual Elton Welter pontuou que um dos desafios a serem vencidos nesse processo de transformação para um planeta mais sustentável é a questão das pressões que o mercado exerce, por exemplo, na comercialização de defensivos agrícolas. Welter afirmou que “tem a convicção de que a diminuição do uso de agrotóxicos é uma necessidade, e que isso é uma vontade da maioria da sociedade”. E destacou ainda que “não vai ser o tensionamento do mercado que vai dar a direção, e sim a vontade da população, como também a disposição e o fomento de políticas públicas que incentivem a diminuição de insumos que contaminam os alimentos e o meio ambiente”, disse Welter. O deputado também expressou sua preocupação sobre a necessidade de se agir na questão das microbacias e da erosão. “Tivemos excelentes programas no passado, temos que retomar. As bases estão baixando de novo, precisamos segurar mais a água no solo, pois o problema da erosão volta a preocupar. Por isso é preciso fazer uma ampla discussão sobre isso”, alertou Welter.
A secretária municipal de educação, Janice Salvador, afirmou que espera que a jornada sirva para dar voz às bases: “que elas sejam ouvidas através da educação ambiental”. Nesse sentido o promotor de meio ambiente, Giovani Ferri, também salientou o papel decisivo de movimentos de educação ambiental que promovam a tomada de consciência. “Não tem sustentabilidade e nem proteção ambiental sem atacar as raízes da questão. A juventude é a nossa esperança”.
Palestra
No evento de hoje também foi realizada uma palestra com o professor coordenador dos Projetos Ambientais da Universidade Católica de Brasil (UCB), Genebaldo Freire Dias. O tema da palestra foi “Os Desafios Socioambientais e as Dificuldades da Perspectiva humana”. O professor explicou que a dinâmica proposta na palestra teve como objetivo examinar as dificuldades da superação humana. “Porque sete bilhões de pessoas no planeta desperdiçam, poluem, desmatam. Elas têm a percepção que nada vai acontecer. Nessa dinâmica a gente examina em menos de 50 minutos, por meio de 280 slides e 6 vídeos a escalada humana na terra até o ano de 2100. E depois a gente apresenta uma perspectiva mais sustentável”, explica Genebaldo. O professor disse que o encontro como de hoje é uma tentativa de ampliar a percepção das pessoas em relação aos seus desafios e as estimular a participarem de iniciativas de melhorias. “Pois não tem nada perdido, mas não dá para esperar muito”, alertou o professor pesquisador em meio ambiente.
Confira reportagem completa em vídeo.
Por Rosselane Giordani
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