Diante do desafio de distribuição das produções audiovisuais paranaenses independentes, o IV Seminário Mercado Audiovisual 2018 – Desafios para Empreender, promoveu rodadas de negócios para aproximar micro e pequenas produtoras do Estado e grandes players do mercado brasileiro de mídia e entretenimento. Realizado em Curitiba, nos dias 26 e 27 de julho, pelo Sebrae/PR e BRAVI (Brasil Audiovisual Independente), com o apoio do Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná (SIAPAR), o evento atraiu mais de 100 pessoas, para interações, debates e parcerias, por meio de painéis temáticos e rodadas de negócios.
No total, 84 reuniões com players – de expressividade nacional e internacional foram realizadas para apresentar projetos audiovisuais de produtoras paranaenses, com foco na comercialização de conteúdos audiovisuais de vários gêneros e formatos. A expectativa é que R$ 15,5 milhões de negócios sejam fechados nos próximos 12 meses. Entre as produtoras, 100% avaliaram muito bem o evento e prometem retornar no próximo. Os players também consideraram as rodadas "ótimas", destacando a organização, estrutura e nível dos projetos, que demonstraram a oportunidade de mercado fora do eixo Rio-São Paulo.
“Foi superprodutivo, um ótimo evento. Fizemos em um formato novo, inovamos com uma pré-seleção dos projetos pelos players e, pela avaliação deles, percebemos que estamos avançando. Temos produtoras mais maduras e capacitadas na montagem de projetos, na apresentação e negociação. Agora, torcemos para que as conversas iniciadas aqui continuem e possam resultar em bons negócios, com a veiculação dos produtos paranaenses”, avalia Walderes de Lourdes Bello, gestora do projeto de Economia Criativa, do Sebrae/PR.
Entre os players presentes no evento, estavam Box Brasil, Cinebrasil TV, TV Cultura, Curta!, EBC TV Brasil, Elo Company, Gloob Gloobinho, Moonshot Pictures, Viacom Networks, Videocamp, Vitrime Filmes e ZooMoo.
Juliano de Paula Santos e Desirée Portela, da Frame 22, fizeram oito reuniões no evento, para apresentar aos canais uma vasta carteira de trabalhos prontos ou em fase de produção. Para eles, o “olho no olho” de uma rodada faz toda a diferença, na hora de um player optar por um projeto. “Com um ou outro desses canais, já temos contato virtual de enviar projeto. Mas quando você tem a oportunidade de falar, a consistência dessa relação fica muito maior. A pessoa entende sua capacidade profissional, sua capacidade de entrega, são perguntas que surgem”, aponta Desirée.
“É uma oportunidade para mostrar nossa experiência de entrega para um canal, a experiência com o fundo setorial, tudo isso faz diferença. A lógica dessas rodadas não é de fechamento de negócios, mas de aproximação. E nós conseguimos a abertura de um ‘novo passo’, uma continuidade, com todos eles”, comemora Juliano.
Com foco em documentários e séries de TV jornalísticos, Adriane Lazaroto e Thiago Couto, da Caminho Comunicação, avaliaram a rodada como muito positiva. “Saímos daqui com projetos praticamente fechados. Já estivemos em outros eventos assim no eixo Rio – São Paulo, e acaba que ali você é mais um. Aqui eu achei os players bem interessados, com um olhar mais cuidadoso e próximo para entender e fechar negócios”, opina Adriane.
Para Thiago, além dos canais e distribuidoras, o diálogo com a produtora Moonshot também trouxe dicas valiosas sobre mercado audiovisual. “É alguém que está anos à frente de prática. Então, eles podem dizer ‘nisso aqui, tenta ir por outro lado’. É a fala de alguém mais experiente, porque só se aprende fazendo. Então, um cara assim é um atalho, você não precisa errar tanto para chegar lá”, defende.
Representante da Box Brasil, que tem quatro canais de TV no Brasil, Ramiro Azevedo conta que as rodadas de negócio são um importante canal de parcerias no setor. “É muito caso a caso, mas é bem comum fechar negócios. Todos os projetos que vi aqui são muito interessantes, um grau de maturidade tanto das produtoras quanto do material apresentado que não deixa a desejar em nada, em relação a produtoras de outros estados. Tem bastante conversa para seguir”, projeta.
Marisa Guimarães, da TV Cultura, avaliou projetos paranaenses na área de animação de live-action. “São projetos interessantes. Buscamos aqui esse approach com esses produtores que geralmente não têm acesso a nós em São Paulo. Nossa expectativa é que, agora, eles entrem em uma chamada pública para uma avaliação mais completa do material, por uma comissão interna da TV”, aponta.
Para Marina Kezen, do Canal Curta!, a seleção prévia dos trabalhos contribuiu para o alto nível da rodada de negócios. “Como não temos poder de produção, só o jornalismo, quase tudo que surge nas rodadas é essencial para nós. Busco projetos nas temáticas de música, artes, cinema, pensamento e sociedade, e todos que vi aqui são condizentes. Sou essa primeira peça na engrenagem, de um diálogo que continua daqui para frente”, explica.
EMPREENDEDORISMO
Rodadas projetam negócios na ordem de R$ 15,5 milhões no setor de audiovisual
23 produtoras locais se apresentaram a 12 players, entre canais fechados, produtoras, programadoras e distribuidoras
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