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GERAL

Produtos paranaenses com indicação geográfica participam de evento internacional

Viagem compreende missão técnica na Serra da Canastra e o III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas

03/08/2018 - 14:56


Representantes de pequenos negócios paranaenses que trabalham com produtos que detêm Indicações Geográficas (IGs) participam, nos dias 9 e 10 de agosto, do III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, em Belo Horizonte. Antes, no dia 6, o grupo integra uma missão técnica na Serra da Canastra (MG), região brasileira referência no tema. O programa ainda compreende o 3º módulo da Formação de Executivos de IGs do Paraná, uma estratégia inédita, iniciada pelo Sebrae/PR em 2017, para desenvolver as indicações geográficas no Estado. 

Em Belo Horizonte, haverá quatro participações de paranaenses em painéis: Estratégias de valorização de produtos a partir da origem e da qualidade – relatos de casos, com a coordenadora estadual de Agronegócio do Sebrae/PR, Andréia Claudino; Estratégia integrada Marca Coletiva e Indicação Geográfica, com Adiles Rech, do Mel do Oeste do Paraná; Controle e Rastreabilidade nas Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, com Helinton , da Erva Mate de São Matheus; e Mercado de Produtos, com Rodrigo da Silva Viana, da Goiaba de Carlópolis.

O evento também promove a Feirinha Aproxima - Indicações Geográficas do Brasil, com produtos com registro de Indicação Geográfica e Marca Coletiva. Dentro da feira, haverá oficinas de degustação com produtos das Indicações Geográficas (o Queijo da Colônia Witmarsum e o Café do Norte Pioneiro), além de pratos preparados com IGs pelo chefe Gladson, que faz parte do Slow Food e do projeto coletivo alimentar, utilizando Bala de Banana de Antonina, Goiaba de Carlópolis e Mel do Oeste do Paraná. No evento, também haverá comercialização pelos produtores das IGs de Carlópolis e do Oeste.

Na missão à Serra da Canastra, nacionalmente famosa pelo queijo que leva o nome da região mineira, o grupo poderá aprimorar conhecimentos sobre IGs, conforme detalha a consultora do Sebrae/PR, Andréia Claudino. “Devido a um trabalho bem estruturado de branding, a IG conseguiu ampliar visibilidade e mercado em pouco tempo. Nesse momento das IGs paranaenses, é fundamental esse tipo de benchmarking, para auxiliar na elaboração estratégica do plano de marketing e promoção de cada território”, explica.

Segundo Andréia, a Formação de Executivos de IGs do Paraná é uma iniciativa inédita no sistema Sebrae, que tem como foco preparar produtores e técnicos que fazem a gestão das indicações geográficas dentro dos territórios. “A ideia é que eles sejam capacitados e internalizem a importância do tema, para que, ao final, se institua um fórum, que deve ser dirigido por eles. O objetivo é uma gestão eficiente das IGs, que se converta em posicionamento no mercado e desenvolvimento territorial”, pontua a consultora do Sebrae/PR.

Histórico

Muito conhecidas em países com tradição na produção de vinhos e produtos alimentícios, como França, Portugal e Itália, as Indicações Geográficas (IG) foram estabelecidas no Brasil pela Lei da Propriedade Industrial (nº 9.279), em 1996. No Brasil, cabe ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, conceder o registro.

“Hoje, somos o terceiro estado no ranking, com sete IGs concedidas, atrás apenas de Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Nós começamos em 2012, dez anos depois da concessão do primeiro registro de IG, e já somos o primeiro em depósitos, graças a um trabalho conjunto com os produtores”, analisa Andréia Claudino. O Paraná é responsável por 10% dos 120 projetos já depositados junto ao INPI.

O III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas será realizado pelo Sebrae, em parceria com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o Instituto de Propriedade Industrial da França, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As Indicações Geográficas estão previstas na Lei de Propriedade Industrial (nº 9.279/1996), na forma de Indicação de Procedência – que é o nome geográfico do país, cidade, região ou localidade que tenha se tornado conhecida como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto – e também como Denominação de Origem – para designar produtos cujas características se devam exclusivamente ou essencialmente ao meio geográfico de onde vieram.

Das 49 indicações de procedência brasileiras, seis são paranaenses: Norte Pioneiro com o café, Carlópolis com a goiaba, Marialva com as uvas finas de mesa, São Matheus com a erva-mate e derivados, Oeste do Paraná com mel e Colônia Witmarsun com o queijo colonial. O Estado também tem uma entre as 18 denominações de origem já concedidas pelo INPI: Ortigueira com o mel. Outros cinco projetos depositados em 2015 ainda estão em análise: barreado do Litoral, cachaça e aguardente de Morretes, farinha de mandioca do Litoral, melado e açúcar mascavo de Capanema, além da bala de banana de Antonina.

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