1144 x 150 anu%e2%95%a0%c3%bcncio casa de noti%e2%95%a0%c3%bcciasconstrua pre%e2%95%a0%c3%bcdios no biopark

SAÚDE

Huop faz captação de rins de bebê de 3 meses

Os órgãos foram doados para uma menina de Porto Alegre no Rio Grande do Sul

09/10/2018 - 16:52


O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) realizou hoje (09/10) a captação dos rins do bebê P.S., de três meses, que teve morte encefálica na última madrugada. A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante - CIHDOTT do hospital acompanhou o processo de doação desde o diagnóstico de morte encefálica até a captação dos órgãos. 

O procedimento de retirada dos dois rins do bebê durou aproximadamente 1h40 e foi realizado pelo médico Leandro Barros, que é cirurgião de fígado e pâncreas e também é especialista em transplante abdominal. Leandro explicou que a cirurgia foi delicada, pois o bebê é muito novo – o mais jovem de sua a carreira -  e exigiu cautela para que não houvessem lesões que pudessem prejudicar no transplante para o outro paciente.

 

A mãe do bebê, Cíntia da Silva, disse que se questionou porque não salvar outra vida e decidiu pela doação dos órgãos do bebê. “Porque a gente pensa no sofrimento de outra mãe, assim como eu sofri pelo meu filho. Como eu não tive essa oportunidade de salvar meu bebê, outra mãe pode ter, né”.

 

Cintia comentou também que seu filho havia sido encaminhado ao HUOP há 5 dias, já que a família reside em Catanduvas, cidade localizada há aproximadamente 45 km de Cascavel por sofrer de desidratação grave, epilepsia e, após quadros de paradas cardíacas, teve o diagnóstico de morte encefálica.

 

A enfermeira da Comissão de Transplantes, Gelena Versa, reitera ainda a importância desse órgão para a criança que irá recebê-lo: “uma criança dessa idade que precisa de um rim tem uma taxa de mortalidade altíssima. Principalmente por ser muito pequena e frágil, é inviável fazer hemodiálise. E o que salvou a vida dessa menina com certeza foi o transplante, pois provavelmente ela não teria outra chance. Estamos todos muito felizes e emocionados com a história e a extrema bondade da família do doador”.

  

Referência em doação de órgão

 

O Huop que é referência nacional na doação de órgãos, somente nesse ano, já  realizou 47 captações de órgãos, correspondendo a 70% das doações realizadas no Estado do Paraná, mas foi P. que veio a se tornar o doador mais jovem da história do hospital.

 

A destinação do órgão doado é feita pela Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO), entidade supra-hospitalar que busca pacientes compatíveis em seu âmbito de atuação. A OPO realiza a avaliação das condições clínicas do doador, receptor e busca melhorias no transporte.

 

O diretor do HUOP, Edison Leismann, ressalta a necessidade da doação, “precisamos que as famílias tenham essa compreensão da importância da doação de órgãos, embora seja algo extremamente doloroso para a família, existe a chance de salvar outra vida. Esse serviço é institucionalizado e integralmente apoiado pelo hospital, a equipe é comprometida e capacitada, e esses 70% de doações do Paraná que saem daqui não é por acaso”, enfatizou.

 

Sem nome %281144 x 250 px%29