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GERAL

Energia Solar: PTI promove capacitação para técnicos do Emater

Cada vez mais competitiva, a fonte renovável vem despertando o interesse dos proprietários rurais

21/01/2019 - 10:25


O Parque Tecnológico Itaipu (PTI) vem exercendo um papel importante no processo de popularização de fontes renováveis de energia. Como é o caso da energia solar fotovoltaica, tema de um curso promovido pelo Parque, em dezembro de 2018, para extensionistas do Instituto Emater.   

A capacitação realizada em Toledo (PR), por meio do Programa Oeste em Desenvolvimento, reuniu técnicos do Instituto Emater do Oeste do Paraná e contou com a participação da Copel para ministrar o tema regulatório. A demanda surgiu do próprio instituto, que vem recebendo um grande número de consultas sobre informações relacionadas à fonte por meio de seus produtores rurais. 

De acordo com o diretor-superintendente do PTI, Jorge Augusto Callado, a ação conjunta com o Emater é “mais uma demonstração da parceria do PTI com a sociedade e com os demais órgãos de governo para a promoção do desenvolvimento territorial sustentável da região Oeste. Estamos constantemente pesquisando energias renováveis e a energia solar é um dos principais pontos da nossa agenda”, destacou.

Em dois dias, eles puderam conhecer detalhes sobre os equipamentos, o funcionamento dos sistemas fotovoltaicos, assim como aspectos legislatórios e de mercado. O PTI ainda forneceu uma ferramenta, de fácil utilização, que foi desenvolvida para auxiliar extensionistas e produtores no dimensionamento dos sistemas. A capacitação foi importante para a atualização dos profissionais sobre a temática, conforme ressaltou o gerente regional do Instituto Emater, Ivan Decker Raupp. “Houve uma atualização dos profissionais nas áreas de dimensionamento, legislação, sistema tarifário, entre outros, de modo que podemos bem orientar o agricultor”.

O aumento de interesse por parte dos produtores tem duas razões principais: os constantes aumentos na tarifa de energia elétrica, e o barateamento nos custos de instalação dos sistemas fotovoltaicos. O investimento inicial, que pode até parecer alto no primeiro momento, vem sendo recuperado em períodos cada vez menores. “A energia renovável entra como um meio para que o agricultor se torne mais competitivo e reduza o custo efetivo porque o impacto da energia é muito grande. Tiveram agricultores que comentaram que o impacto da energia chega a 30% da produção”, explica Marcos Kurata, gerente da área de Energia Solar do PTI e responsável por ministrar a capacitação inédita.

O trabalho com sistemas de micro geração de energia também tem o apoio do Programa Oeste em Desenvolvimento, onde é uma das pautas prioritárias. Os sistemas desenvolvidos na região, como avicultura, piscicultura e produção leiteira, têm uma demanda considerável de energia elétrica.

Potencial a ser explorado

O Atlas de Energia Solar do Estado do Paraná - desenvolvido pelo PTI em parceria com a Itaipu Binacional, a Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – apontou que o potencial desse tipo de energia por aqui é 43% superior, por exemplo, ao da Alemanha, um dos países que mais investe nessa fonte renovável, no mundo. O potencial paranaense é, ainda, 18% superior ao da França e 55% maior que o do Reino Unido. 

A publicação apontou que o município de Prado Ferreira, no Norte, lidera o ranking. Já Matinhos, no Litoral, tem o menor índice. Qualquer cidadão pode consultar a base de dados, que também está disponível gratuitamente na internet, no site www.atlassolarparana.com

O Paraná vive um momento de expansão, somente de 2017 para 2018 o número de sistemas fotovoltaicos instalados mais que dobrou e atualmente totaliza 3,5 mil unidades - entre residenciais, comerciais, industriais e rurais – ocupando a quinta posição nacional em geração distribuída, segundo o banco de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), em 2040 a fonte solar alcançará cerca de 126 mil MW no País, conquistando o posto de primeira fonte no ranking da matriz, com 32% de participação, superando a hidreletricidade, que totalizar 29% até lá.

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