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ESPORTES

Clubes de futebol começam a apostar no eSports e mercado nacional deve crescer

O mercado do eSports, em 2019, vai atingir uma receita de U$ 1 bilhão

08/04/2019 - 14:59


Os torneios brasileiros de eSports estão chamando a atenção de alguns clubes de futebol. Com o mercado de jogos eletrônicos cada vez mais aquecido, times tradicionais estão começando a montar equipes para disputar essas competições. Flamengo e Santos, por exemplo, são casos bem-sucedidos e que já investem desde 2017. Enquanto isso, outros clubes já demonstraram interesse neste mercado lucrativo.
Atualmente, o universo do eSports tem conseguido crescer sem parar no mundo todo. Alguns dados recentes da empresa NewZoo, especialista neste mercado, mostram que cerca de 450 milhões de pessoas devem assistir a um torneio de jogos eletrônicos em 2019. Este número corresponde a um crescimento de 15%, se comparado com o ano passado. No Brasil, os dados também são positivos e chamam atenção.
São quase 22 milhões de brasileiros na audiência das competições, deixando o país como terceiro maior no mundo. Apenas os Estados Unidos, com 22 milhões, e a China, com 75 milhões, ficam na frente. Por isso, alguns times de futebol começaram a ver uma oportunidade de entrar neste mercado. Em 2017, o Flamengo lançou oficialmente uma equipe para disputar partidas do jogo League of Legends, inclusive conseguindo bons resultados rapidamente.

O clube carioca aproveitou o apoio de patrocinadores de futebol para fazer o Flamengo eSports crescer. Por exemplo, o material esportivo do time de jogos eletrônicos é produzido também pela alemã Adidas. A equipe do Santos seguiu o mesmo caminho, porém mais focada no jogo Counter-Strike:Global Offensive. Com apoio da diretoria, a equipe já participou de grandes competições, como a edição mais recente da Brasil Game Cup.

Patrocínios essenciais

O mercado do eSports, em 2019, vai atingir uma receita de U$ 1 bilhão, como mostra reportagem do canal SporTV. Sendo quase 50% desse número, cerca de US$ 450 milhões, apenas de patrocinadores e acordos com empresas. Por isso, é essencial conseguir bons financiamentos, algo que fez o Flamengo e o Santos expandirem com certa rapidez no universo competitivo eletrônico.
Algumas equipes com jogadores brasileiros, mas sem ligação com clubes de futebol, só sobrevivem por terem bons acordos com patrocinadores. É o caso, por exemplo, da MIBR e da Ninja in Pyjamas, que possuem contrato com o site de apostas online Betway. Além de estampar o logo na camisa dos times, a empresa também realiza diferentes campanhas promocionais com os atletas.


No Brasil, a loja de informática KaBuM faz algo parecido desde 2013. Ela possui um time de eSports que leva o próprio nome da empresa. Ou seja, o investimento é garantido pela marca e faz com que a equipe seja uma das mais bem-sucedidas no cenário nacional. Foram mais de seis títulos brasileiros, além de outros pequenos torneios. Porém, a concorrência de clubes de futebol pode mudar o cenário.

Outros times investindo

Além de Flamengo e Santos, vários clubes da elite do futebol nacional já começaram a apostar no eSports. No começo de 2018, o Fluminense anunciou a criação do Flunited e-Sports para disputa de torneios do jogo FIFA 19. O Athlético Paranaense também já compete no mesmo jogo, desde 2017, com o Furacão E-Sports. É previsível que alguns times apostem nos jogos virtuais voltados para o futebol.

No entanto, é em Santa Catarina que fica um dos clubes mais promissores dos jogos eletrônicos. Em 2018, o Avaí fechou uma parceria com o time Jimmy e-Sports e começou a disputar torneio em vários jogos diferentes. Desde então, a parceria tem sido um sucesso e possui um futuro promissor. A curiosidade maior fica pelo local de treinamento dos atletas virtuais, que é dentro do Estádio da Ressacada, casa do Leão.

 

Outros times já estiveram presente no eSports, porém acabaram saindo por diferentes motivos. É o caso do Corinthians, que nunca teve uma equipe oficial, mas já realizou uma parceria com o time RED Canids. Eles disputaram alguns torneios, mas tiveram que encerrar o acordo por um motivo inusitado. Um dos sócios da equipe se transformou em conselheiro do clube paulista, algo que fez o time desistir do contrato assinado.
O futuro do eSports é promissor, principalmente pelos investimentos. A entrada de times brasileiros, com forte apoio de torcedores, é uma forma eficiente de popularizar as competições. Por isso, não é difícil imaginar que os jogos eletrônicos tenham cada vez mais torcedores, e também rivalidade, nos torneios nacionais.

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