O Feirão do Imposto é uma ação nacional, encabeçada pela Confederação de Jovens Empreendedores (Conaje) e teve ações simultâneas em 18 estados e mais de 120 cidades.
Neste ano, a campanha trabalhou com o conceito de que menos é mais, com o entendimento de que o atual cenário econômico e político do país pede mudanças, tanto na maneira de arrecadar, quanto em como fazer a arrecadação.
Em Toledo, o Cojem fez parceria com os postos Estradão e Primato, que venderam sete mil litros de combustível sem o ICMS, que é o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. As filas nos postos de combustíveis iniciaram na madrugada. Cerca de 500 motoristas foram beneficiados com a ação e puderam abastecer os veículos com gasolina a R$ 2,99.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Posto Estradão participa da ação, em apoio ao Cojem e a Acit. Conforme o empresário Gilberto Destefeni, é importante mostrar aos consumidores qual é a carga tributária que incide sobre os combustíveis. No caso da gasolina, o ICMS representa 29,05% e somando os tributos federais e estaduais, chega 44,89% o total dos tributos. “As pessoas precisam saber quanto representa os impostos nos preços dos produtos de maneira geral. Essa ação mostra que o vilão dos preços altos não é não é dono do posto de combustível, mas sim os impostos”, explica o sócio-proprietário do posto.
O primeiro da fila no Posto Estradão foi o caminhoneiro aposentado Claudionor Gonçalves de Souza, que chegou às 3h45. “Vim cedo para aproveitar o preço com desconto, ajuda muito quem ganha pouco. O brasileiro trabalha quase seis meses só para pagar imposto e isso tem que mudar, porque governo não faz o que deveria para ajudar a população”, reclama.
Para o gerente do Posto Primato, Jhotson Rafael Piccini, é importante contribuir com a iniciativa para incentivar os organizadores e também para conscientizar a população. “É absurda a carga tributária sobre produtos e serviços em nosso país. A grande participação das pessoas é para aproveitar o preço com desconto, mas, no fundo, demonstra a insatisfação com o que está acontecendo em nosso país e precisamos de mudanças”, salienta.