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POLÍTICA

Senado votará medidas contra a corrupção na semana que vem

O PLC 27 trazia, originalmente, diversas inovações legislativas para aprimorar normas de combate à corrupção e a irregularidades no setor público

19/06/2019 - 10:07


O Plenário do Senado não votará na sessão desta terça-feira (18), projeto de lei de iniciativa popular conhecido como “Dez Medidas Contra a Corrupção”, que tem também dispositivos definindo o crime de abuso de autoridade (PLC 27/2017). O anúncio foi feito pelo líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após a reunião de líderes.

O projeto será debatido e votado, primeiro, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) na próxima quarta-feira (26). No mesmo dia, à tarde, o Plenário fará a sua avaliação. Até lá, as lideranças vão tentar construir um consenso sobre o relatório do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que promove algumas modificações sobre a proposta que veio da Câmara dos Deputados.

"[O relatório] avança muito nos dois aspectos, tanto as medidas contra a corrupção quanto o abuso de autoridade. Tem recebido emendas e colaborações. O apelo para este prazo é para que possamos ter um texto maduro" disse Randolfe.

O PLC 27 trazia, originalmente, diversas inovações legislativas para aprimorar normas de combate à corrupção e a irregularidades no setor público. Na Câmara dos Deputados, foram incluídas medidas contra o abuso de autoridade por parte de juízes e procuradores.

Em seu relatório, Rodrigo Pacheco manteve a maior parte do texto aprovado pelos deputados. Ele retirou dispositivos como o escalonamento de penas para crimes contra a administração pública, a unificação do prazo de prescrição para atos de improbidade administrativa e alterações sobre o Código de Processo Penal.

Pacheco também restaurou um ponto que constava na versão original do texto: a ação civil de extinção de domínio, instrumento que seria usado para reaver bens conquistados de forma ilícita mesmo sem a responsabilização penal dos indivíduos.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, explicou que a decisão de adiar a votação para a próxima semana saiu de um consenso no colégio de líderes.

"Aqui cada senador tem legitimidade de falar o que quiser, à hora que quiser, com a autoridade do voto. Voto é uma coisa sagrada. Na política, a gente vive de acordo, de bom senso, de serenidade e tranquilidade" completou.

Armas - Está em discussão no Plenário o projeto de decreto legislativo (PDL 233/2019) que suspende o decreto presidencial que expandiu a posse e o porte de armas.

Randolfe afirma que contabiliza 42 votos contra o decreto do presidente Jair Bolsonaro (9.797, de 2019), o que configura maioria dos senadores. No entanto, ele afirma que o assunto está “muito equilibrado”.

Crítico da medida, Randolfe ironizou os esforços de Bolsonaro para pressionar os senadores a manterem o decreto.

"O presidente trabalhou muito. Ele tem convicção de que o mais importante para o Brasil neste momento é ter 20 milhões de armas [em circulação], e não combater o desemprego" afirmou o senador.

Fonte: Agência Senado

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