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TOLEDO

Missa celebra os 60 anos da Diocese de Toledo

A Diocese de Toledo foi criada pela Bula “Cum Venerabilis”, do Papa São João XXIII, que decretou nula a Prelazia de Foz do Iguaçu

24/06/2019 - 13:28


O bispo diocesano, D. João Carlos Seneme, preside nesta sexta-feira, dia 21 de junho, a celebração em ação de graças pelos 60 anos de criação da Diocese de Toledo. A missa jubilar será na Catedral Cristo Rei, às 19h, com a presença de todo o clero, representantes das comunidades religiosas e das lideranças do povo cristão. O destaque destas seis décadas de presença institucional da Igreja no Oeste do Paraná organizada como uma diocese é a assistência religiosa prestada desde a época do pioneirismo aos dias de hoje, bem como a forte atuação na organização da sociedade e no apoio nas suas necessidades.

 

Segundo o vigário-geral da Diocese, Pe. Hélio José Bamberg, o Jubileu é o momento de alegria, de festa. “Fico imaginando as primeiras pessoas que chegaram a esta região e o que trouxeram de esperanças para suas famílias. A Igreja veio junto e acompanhou as primeiras pessoas sofridas que encontraram somente o mato nesta região. Encontraram tudo por fazer. Com a construção de suas casas, ao lado sempre estava a Igreja, o clube, o campo de futebol. E neste cenário vivendo em família, em comunidade, tendo o terço na mão, enfim. A religião era a alma que moveu essa sociedade, unia as pessoas em torno de si numa vivência profunda de solidariedade. Assim se constituiu a nossa grande diocese”, salienta. Na época da colonização, antes mesmo de ser criada a Diocese, a Congregação dos Padres do Verbo Divino (SVD) prestou os primeiros atendimentos, assim como dos padres palotinos, cada um em sua região.

 

D. Armando Círio, então padre em Apucarana, foi nomeado primeiro bispo diocesano de Toledo, tendo assumido em setembro de 1960 e governado até 1978. Nestes 18 anos, a Diocese de Toledo tinha abrangência desde Guaíra a Foz do Iguaçu, se estendendo até Laranjeiras do Sul, passando por Cafelândia e outras cidades. D. Armando, de saudosa memória, recordava em entrevistas que nos primeiros dois anos da Diocese não ficou mais que 80 dias na cidade de Toledo. Nos demais, permaneceu em visitas aos católicos e nos trabalhos de organização das paróquias. Além dos trabalhos administrativos e pastorais, os bispos que governaram a Diocese de Toledo envolveram-se muito na organização social, confirmando com o passar do tempo a presença da Igreja na sociedade. 

 

O segundo bispo diocesano foi D. Geraldo Majella Agnelo, hoje com 85 anos de idade, arcebispo emérito de Salvador, teve grande participação e envolvimento na organização da sociedade para inaugurar o ensino superior no município de Toledo, entre outras ações desenvolvidas em seu governo diocesano. Já D. Lúcio Ignácio Baumgaertner, terceiro bispo diocesano, entre outras atitudes, apoiou a iniciativa de um grupo de mulheres que decidiu acolher adolescentes em situação de risco social e fundaram a entidade assistencial Casa de Maria, hoje uma referência no atendimento à criança e ao adolescente nas áreas assistencial, educacional, esportiva, nutricional, cultural, entre outras. Comunidades religiosas também se engajaram muito com iniciativas próprias de atenção ao ser humano, caso da Ação Social São Vicente de Paulo que é mantida pela Congregação das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo.

 

Nestes 60 anos, a Igreja sempre manteve canal de diálogo com a sociedade. D. Anuar Battisti, um bispo da comunicação e com jeito particular de anunciar o evangelho ao povo, e D. Francisco Carlos Bach, com suas características administrativas e de organização do serviço pastoral, também são referências no governo diocesano. Atualmente, a Diocese de Toledo tem à sua frente D. João Carlos Seneme, que se dedica a uma gestão compartilhada com o clero, onde todos sabem de suas responsabilidades para o bom atendimento e assistência religiosa aos cristãos. A ação pastoral e a gestão administrativa expressam o compromisso de zelar pela fé deste povo e cuidar do patrimônio imaterial que sustenta a caminhada de Igreja nesta região paranaense.

 

Diocese de Toledo: mãe de três filhas

 

A Diocese de Toledo foi criada pela Bula “Cum Venerabilis”, do Papa São João XXIII, que decretou nula a Prelazia de Foz do Iguaçu. No mesmo documento, foram criadas a Diocese de Toledo e a Diocese de Campo Mourão. A área de abrangência percorria desde Foz do Iguaçu a Laranjeiras do Sul, seguia até o Rio Piriquiri e Guaíra. Por 18 anos essa foi a região diocesana.

 

Com o crescimento populacional e a necessidade de uma presença mais próxima da Igreja com seus fiéis, em 1978, a Diocese de Toledo foi desmembrada e de seu território foram criadas a Diocese de Cascavel e a Diocese de Foz do Iguaçu. Parte ainda o território ficou para a Diocese de Guarapuava.

 

Celeiro de vocações

 

O aspecto vocacional é uma das marcas da Diocese de Toledo. Na “juventude” de seus 60 anos, a Diocese de Toledo ofereceu à Igreja um cardeal – D. Odilo Pedro Scherer – e de uma única vez dois bispos de seu clero – D. Anuar Battisti e D. Irineu Scherer (em memória). Outros dois padres religiosos que atuaram na Diocese também foram chamados ao Episcopado brasileiro: D. Eloi Roggia e D. João Bergamasco.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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