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CIÊNCIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Biopark avança e consolida ações em seu terceiro ano

Biopark concretiza parcerias nacionais e internacionais para o desenvolvimento regional

20/09/2019 - 09:31


O Biopark – Parque Científico e Tecnológico de Biociências, empreendimento dos farmacêuticos Carmen e Luiz Donaduzzi, completa três anos no dia 22 de setembro. O casal, que fundou e consolidou a indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi como a maior produtora de doses de medicamentos genéricos do Brasil, iniciou os investimentos para a criação do Parque após mais de 25 anos de experiência em gestão, produção industrial, gestão de pessoas, entre outras expertises.

“Após profissionalizarmos a gestão da Prati, e se aproximando a época da nossa aposentadoria, sentimos que não poderíamos parar. Sempre acreditamos no poder transformador da educação e do empreendedorismo como motores do desenvolvimento”, destaca Luiz Donaduzzi, Presidente do Biopark.

Fundado em 22 de setembro de 2016, o Biopark consolida seu intuito de transformar a região Oeste do Paraná em um polo de biotecnologia e de tecnologia da informação. A área de mais de 5 milhões de metros quadrados está dividida nos setores industriais, educacionais, residenciais e de lazer. As ações do Parque estão baseadas em promover inovação tecnológica, gerar produtos de qualidade e de maneira sustentável, fortalecer o desenvolvimento industrial, consolidar a geração de empregos de alto valor agregado e criar um ambiente acolhedor para viver. 

A experiência dos fundadores é aplicada na gestão. “Nosso intuito, além de criar um parque tecnológico, sempre foi fomentar inovação, abrir oportunidades para novos negócios e estimular a geração de empregos, principalmente os de alto valor agregado. O conhecimento que adquirimos ao longo de nossa trajetória empresarial aplicamos no Biopark, compartilhando com os novos empreendedores aquilo que ‘apanhamos’ para aprender”, frisa Donaduzzi.

Educação

A educação foi a área precursora do Biopark e hoje avança rapidamente com parcerias nacionais e internacionais. O Parque é o único no Brasil a contar com três instituições federais de ensino. A primeira que chegou foi a Universidade Federal do Paraná (UFPR), o terreno e a construção da instituição foram doados pelo casal Donaduzzi – um investimento de cerca de R$ 28 milhões. O prédio foi inaugurado em 2018 e hoje abriga a Faculdade de Medicina com mais de 200 alunos.

Em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) funciona dentro do Biopark um Laboratório de Manufatura Aditiva e um Mestrado na área de Biociências. Com o Instituto Federal do Paraná (IFPR) é desenvolvido um Curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, que conta também com a parceria de empresas privadas como a Prati-Donaduzzi, Junsoft e Maxicon. Ainda com o IFPR foi anunciada a instalação de um Centro de Referência Educacional, uma extensão do Campus de Assis Chateaubriand.

Mas o Biopark também possui projetos educacionais próprios. Por meio do Centro de Ensino Profissional em Biociências (CEPBio) e em parceria com a Uniamérica, de Foz do Iguaçu, oferece cursos técnicos, de graduação e capacitações em diversas áreas. Um destaque especial para o Clube de Ciências, projeto que realiza a iniciação científica de crianças através de atividades lúdicas com conteúdo preparado para facilitar a assimilação dos temas.

“Aplicamos a metodologia ativa de ensino de maneira radical. É uma nova forma de ensino, diferente desde o processo seletivo. Está funcionando, estamos mantendo os alunos que entram e produzindo resultados com excelência. Para nós, a educação deve cumprir o papel de oportunizar uma mudança de patamar para as pessoas – tanto em desenvolvimento intelectual e social, quanto com melhores empregos e condições de vida”, acrescenta Donaduzzi.

De biomateriais a queijos finos

Em Pesquisa e Desenvolvimento o Biopark atua em diversas frentes, como a de biomateriais – área em que investe para a instalação de um laboratório e linha de pesquisa em parceria com a Université Laval, do Quebec (Canadá), o Instituto Erasto Gaertner, de Curitiba, além de outros parceiros.

Já está em operação o laboratório de Manufatura Aditiva que possui como foco a área da saúde através da produção de próteses e órteses em impressoras 3D. Além disso, foi finalizada a instalação de uma área dedicada para pesquisas no segmento de Nutracêuticos - em parceria com o Instituto de Nutrição e Alimentos Funcionais (INAF), instituição também ligada à Université Laval. Os estudos focam no camu-camu, uma fruta da Amazônia rica em compostos bioativos com propriedades benéficas à saúde

Em busca de incentivar o desenvolvimento regional, o Biopark mantém um laboratório de pesquisa na área de Queijos Finos e apoia a criação da Associação de Produtores de Queijos Finos do Oeste do Paraná com o objetivo de estruturar uma cadeia de produção de queijos de alto padrão. “Com nossa equipe estamos trabalhando para oferecer o suporte necessário para que os pequenos e médios produtores tenham produtos com maior valor agregado”, frisa o empreendedor.

Novos negócios

Pioneiro no Brasil no modelo on demand side, o Biopark diferencia-se ao incentivar o desenvolvimento de projetos que atendem às reais necessidades sociais, sejam elas advindas das empresas ou da própria população, em forma de um produto ou serviço. “Buscamos uma sinergia entre instituições de ensino, laboratórios de pesquisa e negócios, é a partir dela que teremos resultados concretos do que é estudado, pesquisado e produzido”, complementa Donaduzzi.

Atualmente o Parque conta com treze empresas instaladas. Uma delas é a Maxicon, referência nacional no desenvolvimento de softwares de gestão, especialmente na área do agronegócio. Segundo Anaide Holzbach, Diretora Administrativa Financeira, a expectativa é que o ecossistema criado favoreça o desenvolvimento de atividades da empresa. “Temos plena convicção de que o Biopark vai transformar a realidade da nossa cidade e região. A tecnologia é uma atividade transversal a todos os negócios e sua utilização permite alavancar as empresas para novos patamares. Nossa expectativa no Biopark é utilizar o ecossistema criado entre empresas e academia, fortalecendo a pesquisa e o desenvolvimento para novos negócios, com a utilização de Inteligência Artificial, Big Data e Automação”, revela.

Anaide ainda reforça que o reflexo das ações do Biopark gera ganhos para toda a região. “O Biopark vai permitir a geração de novos negócios, impulsionar soluções de tecnologia inovadoras, retendo grande parte do capital intelectual formado na nossa região, além de atrair profissionais do Brasil todo e até do exterior. É importante reforçar que se tratam de atividades que não poluem, não deixam resíduos e geram produtos e serviços de alto valor agregado”.

O Biopark oferece diversos benefícios para a instalação de startups que vão desde a estrutura física até mentorias. Além disso, o Parque estabeleceu parceria com a Garantioeste – Sociedade Garantidora de Crédito que vai beneficiar as empresas que precisarem de aportes financeiros. Para indústrias e empresas consolidadas, o Biopark também possui benefícios para instalação, entre eles isenções fiscais.

Recentemente o Biopark anunciou a instalação de um Complexo Hospitalar e de Saúde do Grupo Sempre Vida. Serão 164 leitos, incluindo UTI adulto e neopediatria, atendimento a queimados e um centro de diagnóstico por imagem completo e de tecnologia avançada. Mais de 400 colaboradores atuarão já no primeiro ano de funcionamento.

O Governador do Estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Jr., esteve presente no anúncio e na oportunidade enfatizou a importância dos esforços do Biopark. “O nosso Estado vive um ótimo momento, mas isso não é só mérito do Governo, mas também é dos empresários, que são responsáveis pelo desenvolvimento do Estado. O Biopark é um dos projetos mais inovadores e ambiciosos do País”.

No momento são avaliadas propostas para a instalação de empreendimentos como hotel, posto de gasolina e um shopping center. “Queremos promover um ambiente para as pessoas trabalharem e viverem com qualidade de vida, para isso, precisamos atrair esses investimentos”, completa Donaduzzi.

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