A CPI que investigou as falhas na coleta de lixo pela Transportec nos meses de fevereiro e março apresentou seu relatório final nesta sexta-feira, dia 18 de outubro, a partir das 9h, quando o documento foi aprovado pelos cinco integrantes em reunião na Câmara de Toledo. O documento de 57 páginas foi resumido em seu voto pela relatora Janice Salvador, que teve voto favorável dos vereadores Ademar Dorfschmidt e Renato Reimann, membros, bem como do presidente Marcos Zanetti e do vice-presidente Airton Savello, além da relatora, Janice Salvador. Ela assumiu a função em junho após o afastamento por licença de saúde do relator inicial, Vagner Delabio, anunciada por ele em reunião da CPI dia 29 de maio, valendo a partir de 1° de junho. Diante da situação inédita coube à bancada de Vagner Delabio, o bloco Por um Toledo Melhor, que aglutina PSDB, PL e PSD, indicar o substituto, a vereadora Janice.
A relatora fez um apanhado dos trabalhos desenvolvidos, citando os 10 termos de ocorrência constatados em função de problemas na coleta, a paralisação dos funcionários na véspera do Carnaval e a tentativa de retirar os caminhões de coleta à noite em abril, quando estavam com o secretário de Meio Ambiente Neudi Mosconi como fiel depositário, que motivou a rescisão do contrato com a Transportec, expressando ainda seu repúdio ao advogado e ao diretor que não compareceram nem responderam às intimações e contatos da CPI. A relatora considerou um descaso e total desrespeito à Câmara e à CPI o não comparecimento e a ausência de satisfação a respeito, anunciando que o documento foi disponibilizado aos demais vereadores. “Nesse sentido, entendendo que não houve dolo ou má fé por parte dos agentes públicos, mas uma atitude, em certa medida condescendente para com a empresa, haja vista o número de termos de ocorrência e a tardia rescisão do contrato e, por outro lado, a adulteração de placas dos caminhões, a tentativa de retirada do município de Toledo dos caminhões que tinham o Secretário de Desenvolvimento Ambiental e Saneamento como fiel depositário” opino pelo envio de cópias ao Poder Executivo e ao Ministério Público, aponta o relatório da CPI.
A CPI foi designada pela Portaria nº 64/2019, assinada pelo presidente da Câmara, Antônio Zóio, após indicação dos líderes de bancadas para sua composição. A CPI convocou para seus trabalhos seis servidores da Câmara – dois advogados, um jornalista, um agente legislativo e dois assistentes em informática e inicialmente tinha prazo de 120 dias para seus trabalhos, mas em agosto solicitou e teve aprovada a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias visando colher depoimentos do advogado Luiz Fernando Comegno e do diretor da Transportec, Márcio Ponte Leon Leite, que assinou o contrato em Toledo. O primeiro não compareceu e o segundo não foi confirmado e localizado após mudanças na direção da empresa e a CPI decidiu usar os dados do depoimento à polícia no episódio dos caminhões.