O evento é uma iniciativa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, por meio do Necto - Núcleo de Ciências de Toledo e conta com o apoio do CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O Colégio La Salle vê na Feira uma possibilidade dos alunos levarem à comunidade, a iniciação cientifica e o empreendedorismo desenvolvido dentro do Colégio.
Lassalista levaram os experimentos Leitura e interpretação de rótulos de alimentos, com os alunos do 7º ano do Ensino Fundamental, Maria Eduarda Onofre, Eduarda Cristina Padilha, Arthur Soares Elesbão e o trabalho Extração de água potável em plantas da Família Cactaceae, com os alunos Isadora Luiza Bozza Galvão e Matheus Dal Pozzo. Os professores orientadores são Camila Santana e Rúbia França.
A preocupação com a necessidade de manter o equilíbrio entre os macronutrientes, vitaminas e minerais em prol de uma vida saudável, levou os alunos investigaram as quantidades de açúcares e sais presentes em alimentos industrializados, por meio da interpretação dos rótulos. “Nos rótulos os açúcares aparecem como carboidratos e o sal como sódio. Transformamos estas medidas em gramas e colocamos em saquinhos estes ingredientes, ao lado das suas embalagens. Estes resultados surpreenderam quem visitou a Feira, alguns disseram que iam parar de consumir, outros manifestaram dificuldade para parar. Foi muito interessante ver como a informação pode conscientizar as pessoas”, explica Eduarda.
A escassez de água potável no semiárido brasileiro foi o problema que os alunos do Ensino Médio buscaram resolver. Eles investigaram formas de extração da água potável de plantas da família Cactaceae. “O experimento consistiu em implementar tubos capilares em 20 cactos para a captação de água pelo xilema, que é formado por diferentes tipos de células e possui a função de transportar a seiva bruta dos vegetais. Depois conectamos outros tubos nos capilares para conduzir a água até um recipiente,” demonstrou Isadora.
Expor suas pesquisas numa Feira onde reuniu mais de 60 trabalhos favorece o desperta dos alunos para o papel da ciência. “Além de despertar o interesse pela ciência e tecnologia, desenvolve o interesse pelo empreendedorismo. No caso do Ensino Médio, eles avaliaram um problema do semiárido e buscaram uma solução para a escassez de água. Ou seja, resolveram um problema concreto, uma ação empreendedora e de baixo custo”, defende a professora Camila Santana.
A compreensão da natureza contínua da ciência foi experimentada pelos jovens pesquisadores. “Encontramos parte da solução do problema, porém a condução desta água até outros recipientes necessita de melhorias, porque depois de 24 horas a planta cicatriza o local onde está o tubo capilar, o que acaba obstruindo a saída da água. Como toda a ciência os resultados não são imediatos, temos que seguir pesquisando”, alerta Isadora.
A FECI-TOO cumpriu sua missão de encantar os jovens cientistas. “Valeu muito a experiência da Feira, eu vou voltar daqui a dois anos e quero surpreender”, avisa Eduarda Cristina.
