1144x150 %284%29

EDUCAÇÃO

Escolas buscam conhecimento para atender alunos com altas habilidades ou superdotação

Curso de Psicologia da PUCPR promove discussões sobre modelos de aprendizagem

01/11/2019 - 17:07


Quando o assunto envolve altas habilidades/superdotação diversas são as abordagens. Profissionais da área de educação e familiares são os primeiros a notarem essas aptidões nas crianças. Orientar sobre como planejar o futuro educacional desses estudantes e reforçar que é preciso ter cuidado para que esses dons não tragam estragos afetivos e emocionais deve ser uma preocupação da sociedade. O curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUCPR), Câmpus de Toledo, constantemente promove discussões sobre o assunto.

“No teste de Quociente de Inteligência (QI) o aluno que atingir nota entre 120 a 129 está enquadrado no quesito de altas habilidades, ou seja, possui elevado potencial em aspectos isolados dentro das áreas intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade  e artes”, explica a professora do curso de psicologia da PUCPR de Toledo, Sandra Cristina Boufleur. “Já a superdotação envolve resultado acima de 129. Isso aponta capacidade cognitiva muito elevada”, completa.

Ao receber um laudo profissional favorável para altas habilidades ou superdotação, Sandra alerta que isso não deve ser tratado como um mérito que carrega demasiadas exigências e cobranças. Ela reforça que a criança pode se destacar em matemática, mas ter dificuldades em questões de linguagem ou mesmo como se expressar.

“É preciso reforçar a autonomia e a independência dessa criança de forma que ela venha a estimular o psicossocial e desencadear sua criatividade. Por isso, realizamos encontros com pais, professores e psicopedagogos, para que seja aplicado um modelo de aprendizagem que atenda às necessidades e expectativas desse estudante”, diz Sandra, ao salientar que existe uma busca por escolas inclusivas que procurem aplicar projetos pedagógicos que respondam às necessidades específicas de cada estudante.

Fatores

Enquanto a neurobiologia valoriza os mecanismos cerebrais, a psicopedagogia social busca fatores psicológicos, educacionais e sociológicos que possam determiná-las. “O Círculo dos Três Anéis de Renzulli sustenta um modelo que não se atém ao Quociente Intelectual e trabalha com três fatores: habilidade acima da média, envolvimento com a tarefa e criatividade. Também foi identificado que a hereditariedade não é um fator determinante em relação às altas habilidades e superdotação”, esclarece a professora do curso de psicologia da PUCPR de Toledo, Adriana Dias Basseto.

Sobre os três anéis, Adriana comenta que a habilidade acima da média permanece estável, enquanto a criatividade está ligada ao processo de originalidade do pensamento e o comprometimento com a tarefa aponta a dedicação, autoconfiança e persistência. 

“É fundamental estabelecer parcerias que busquem criar condições que possam trabalhar essas diferenças no processo de aprendizado, sem que esses estudantes sofram estragos afetivos e emocionais pela falta de planejamento pedagógico adequado”, conclui.

Sem nome %281144 x 250 px%29