O desenvolvimento de aprendizagem na educação infantil é um processo fracionado, onde cada pequeno detalhe constrói o todo. Assim, leva-se em consideração que, contar e ouvir histórias remete à uma prática histórica da oralidade, que proporciona aos ouvintes uma oportunidade para desenvolver a imaginação, enriquecer o vocabulário, além da viagem experimental vinculada às histórias.
Desta forma, o Colegiado de Letras da Unioeste estruturou um projeto que buscou desenvolver atividades que estimulassem o interesse pela leitura e o despertar da imaginação e curiosidade da criança. Intitulado “Era uma vez... A arte de encantar crianças pela contação de histórias”, os acadêmicos trouxeram de forma lúdica a fim de motivar os pequeninos em seu processo de ensino-aprendizagem.
A coordenadora do projeto foi a professora Dantielli Assumpção Garcia, que destaca a importância dessas práticas para as crianças e também aos acadêmicos. “Usar a contação de histórias exige técnicas, não só na oralidade, mas também técnicas teatrais, encenação, posicionamento corporal. Fizemos pensando em como a contação de história permite despertar o gosto pela leitura dos chamados leitores mirins, cativar a leitura. Deslocar sujeitos para olharem para os outros sujeitos”.
Inúmeras histórias foram contadas, com fantasias, peças de teatro, oficinas apresentadas e todo envolvimento necessário para entreter essas crianças, e não somente, o mais importante era que elas realmente se interessassem pelo o que estava lhes sendo dado.
“O nosso projeto durou aproximadamente um mês, e em todos os encontros tivemos que repensar como faríamos, para poder marca-los, assim como eles nos marcaram. Porque é levar o que aprendemos na teoria para a prática. Tivemos que pensar de forma lúdica, adaptar nossas linguagens”, conta o acadêmico Gean Carlos Royer.
As atividades foram realizadas no CMEI Clarisse Paganini, em Cascavel. Às histórias que mais se destacaram foram: A bela adormecida; A lebre e a tartaruga; A margarida friorenta; O coelho das orelhas compridas e Os três porquinhos.
A professora Dantielli ainda ressalta a importância teórica e analítica dessa atividade quanto aos acadêmicos, “a iniciativa veio do curso de Letras mas também teve participação de alunos de Pedagogia, Enfermagem e outros. O projeto era pra contar as histórias, mas essa adaptação dos acadêmicos foi necessária, considerando que nosso público eram crianças ainda na primeira fase de sua aprendizagem”.
As histórias foram selecionadas conforme a faixa etária das crianças, divididas nas respectivas classes de aula: Berçário, Pré I, Maternal I e Maternal II. Ainda pensando no processo de contar histórias para conscientizar e informar às crianças, foi realizada a peça teatral ‘João e Maria’, que além de divertir, também às conscientiza sobre não aceitarem doces/objetos de pessoas que não fazem parte de seu convívio social.
Além disso, a professora e acadêmicos organizadores ressaltam a importância da colaboração do CMEI Clarisse Paganini na realização da atividade, os professores, direção e corpo pedagógico da escola contribuíram para o projeto, possibilitando uma maior atuação da Unioeste na comunidade.
