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SAÚDE

Huop vai realizar primeira bariátrica credenciada em março

O processo de credenciamento no hospital começou em 2012, e em outros anos já foram realizadas cirurgias bariátricas.

17/02/2020 - 18:20
Por Assessoria de Imprensa Unioeste


Excesso de peso é uma das maiores preocupações atualmente. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, do ano de 2019, 55,7% da população brasileira sofre com a balança e consequentemente com o impacto negativo na saúde. Para tentar mudar esses números, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) realiza o acompanhamento dos pacientes obesos, e para contemplar essa atenção à obesidade, o hospital foi credenciado recentemente para realizar a cirurgia bariátrica. Uma expectativa a mais para quem busca perder peso. “Eu não aguentava caminhar muito por conta da obesidade, por isso decidi procurar ajuda. Pretendo fazer a cirurgia. Atingi a meta dos 10% da perda de peso e se Deus quiser vai dar tudo certo”, diz a aposentada Ivonete Braune, que vem de Guaíra realizar o acompanhamento no hospital.

Para realizar a bariátrica não é tão simples, como explica o médico e coordenador do Serviço de Obesidade e Cirurgia Bariátrica do Huop, Allan Cezar Faria Araujo. É necessário que o paciente realize o acompanhamento por pelo menos um ano e demonstre mudanças. “Eles precisam perder peso, promover as mudanças na rotina e estar bem preparados, para que os resultados sejam positivos e eles não voltem a ganhar peso”, diz.

O processo de credenciamento no hospital começou em 2012, e em outros anos já foram realizadas cirurgias bariátricas através de autorização especial do Governo do Estado. A primeira credenciada será agendada em março e a partir de então, a intenção é realizar nesse primeiro semestre duas cirurgias por mês. “É importante salientar que não existe bariátrica de emergência, pois o paciente pode voltar a ganhar peso. Então é necessário o acompanhamento e por isso, vamos nos adequar. A intenção é em 2021 realizarmos duas bariátricas por semana, conforme a demanda”, diz. “É algo a mais que oferecemos e um estímulo a mais para os nossos pacientes. O nosso objetivo é que o Huop seja referência na atenção à obesidade e esse credenciamento nos deixou ainda mais animados”, complementa Allan.

ACOMPANHAMENTO

O Huop recebe pacientes obesos desde 2014, e em 2015, os acompanhamentos passaram a ser em grupo, com vários profissionais, incluindo fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos, médicos, entre outros. “Essa modalidade de atendimento vem para otimizar, para que os pacientes tenham contato com toda a equipe, e para que os profissionais também já os conheçam. Realizamos um protocolo de todas as orientações que passamos em grupo, mas claro que isso não exclui o atendimento individualizado conforme a necessidade”, diz.

Hoje são cerca de 50 pacientes ativos que participam dos encontros, porém já passaram pelo hospital mais de 200 pessoas com excesso de peso. Todos são regulados pela 10ª Regional de Saúde, que realiza o encaminhamento em toda região aos serviços referendados. “Eles chegam seduzidos pela cirurgia. Mas como são necessárias muitas mudanças, alguns acabam desistindo. Já outros desistem apenas da cirurgia, mas continuam o acompanhamento, pois conseguem a perda de peso apenas mudando a rotina”, ressalta Allan.

Quem pretende perder peso dessa forma é o aposentado Genuíno Ceollato. “Participo desde o começo e não perdi uma reunião até hoje. Cheguei a pesar 128 kg, quando fui atrás de ajuda. Agora estou próximo dos 100 kg e quero perder mais. Não pretendo buscar a cirurgia, acredito que aos poucos vou conseguindo assim”, diz. Quem também comemora as mudanças é a aposentada, Irene de Vargas. “Quando comecei o acompanhamento aqui no Huop estava com 110 kg e hoje estou com 84 kg. Aprendi muita coisa, mudei muito a alimentação, e consegui tudo isso sem cirurgia. Para mim foi muito importante”, comenta.

O acompanhamento, segundo o médico Allan, deve continuar até que o paciente mantenha o peso, também após a cirurgia. “Nosso objetivo vai além de proporcionar a cirurgia, mas também de tratar a obesidade. Precisamos nos preocupar com isso, pois não existe obeso saudável e grande parte da nossa população precisa de orientações sobre isso”, ressalta.

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