Numa breve Coletiva à Imprensa, de forma digital, a Secretária Municipal de Saúde, Denise Liel e o porta voz do Centro de Operações de Emergência (COE), Dr. Fernando Pedroti anunciaram que os números de quinta-feira (26), são de 18 notificações que aguardam os resultados dos exames e outras seis notificações foram descartados, totalizando 24 notificações. O comportamento da doença sofre mudanças e apresenta necessidades de internações, um paciente encontra-se encubado, na UTI.
O perfil dos casos suspeitos abrange a faixa etária de 24 a 43 anos de idade, entre eles 15 mulheres e 9 homens. Desde quinta-feira (26), Toledo já conta com quatro internações, destes um paciente na Unidade de Terapia Intensiva.
O Dr. Fernando Pedroti afirmou que, na manhã desta sexta-feira (27) este quadro deve ser ampliado, “Além das quatro internações e uma delas na UTI com paciente entubado, na manhã de hoje, recebemos mais casos suspeitos com indicação de hospitalização. Os casos são considerados suspeitos, pois aguardam resultados de exames”, o médico não informou o número de suspeitos a que fez referência, nem o perfil destes pacientes.
O médico destacou a necessidade de se manter a conduta de isolamento, com o objetivo de evitar a transmissão do vírus. “Escolhas não são fáceis, tomada de decisão não é fácil e, naturalmente quando escolho fazer algo eu terei que abrir mão de algo em detrimento da minha escolha. As escolhas além de ter renúncia tem consequências. É muito importante seguir os cuidados de prevenção, não no sentido de amedrontar, mas aprender até com a sabedoria popular que fala: prevenir é melhor que remediar. E o conhecimento científico vem ao encontro disso. Pensamos que não é momento, nunca é, de renunciar aos conhecimentos científicos, abrir mão do que se sabe sobre o coronavírus e, não é momento de abrir mão de algumas medidas que são fundamentais para nossa população”, alertou Pedroti.
A Secretária Municipal de Saúde, Denise Liel alertou que o sistema de saúde brasileiro não tem condições de atender todos os casos de coronavírus. “Precisamos nos organizar para atender o maior número de casos possíveis. Para isso precisamos diminuir o maior número de casos num curto espaço de tempo, para podermos ter condições de dar esse cuidado”.
Denise ainda advertiu que no Paraná há um bom número de leitos de UTI, mas concentrados em outras regiões. “Temos uma grande deficiência de UTI na região Oeste, compreendendo as regiões de Cascavel e Toledo, isso nos preocupa e dificulta a nossa assistência”, alertou a Secretária.
Quanto a culminância das epidemias de Dengue, Influenza, o H1N1 e o Coronavírus é preocupante, mas não detalhou os números de casos de dengue que hoje encontram-se hostipalizados, nem tão pouco, pela Influenza ou H1N1, números fundamentais para avaliar o impacto no sistema, com a mudança do comportamento dos casos de coronavírus no município.
A Secretaria alertou ainda para o cuidado com o público jovem que tem se mostrado alvo do vírus em Toledo (24 a 43 anos), que são pessoas que ainda podem estar circulando no município. Alertou que as crianças são transmissoras, e embora há poucas evidência de agravamento da doença, elas devem ficar protegidas em seus lares.
A Secretaria comentou que o município recebeu um documento assinado por diversas instituições, entre elas a Associação Comercial e Empresarial – Acit, com algumas demandas relacionadas ao funcionamento de alguns estabelecimentos, neste cenário. Ela não detalhou quais eram as demandas, mas informou que as autoridades competentes estão avaliando o documento e ainda hoje, devem se manifestar.
A exemplo de outras organizações, o documento deve trazer o pedido da flexibilização das medidas de isolamento social, mediante protocolos de convivência e de práticas sanitárias. As alegações de outras entidades estão relacionadas a preocupação com a economia, empregos e sobrevivência das empresas.
