A pandemia do coronavírus causou consequências nos mais diversos âmbitos da sociedade. A educação não ficou de fora. Com a necessidade de se reinventar, a educação digital passou a ser pauta e muitos alunos passaram a estudar em frente ao computador. Nesse processo de adaptação de um novo modo de viver, a egressa do curso de Química e de Mestrado em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Kathya Pacheco, hoje professora da rede pública e privada, encontrou uma maneira não só de se conectar com seus alunos durante o distanciamento, mas principalmente auxiliar os alunos em geral durante esse período: um canal no YouTube.
Por ser uma plataforma gratuita, os estudantes com acesso à internet podem assistir aos vídeos livremente. Os conteúdos abordados auxiliam os estudos nesse momento de pandemia e ampliam os canais de acesso a temas que são importantes não só para o cotidiano escolar, mas também na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
No canal, Kathya publica vídeos direcionados ao conhecimento de Química, aproximando os conteúdos ao nosso cotidiano. Ela conta que no início da pandemia e com a inserção da educação a distância, ela passou a fazer vídeos somente para seus alunos. “Eu precisava me reinventar e me manter próxima dos alunos, até por uma questão de auxílio na aprendizagem. No início, eles só tinham acesso aos vídeos entrando pelo link. Mas eu vi que de certa forma, isso às vezes ficava muito restrito a um conteúdo específico e um grupo pequeno de alunos. Aí decidi expandir e abrir esses vídeos para todo mundo”.
A iniciativa de produzir os vídeos veio da vontade de querer ajudar principalmente alunos da rede estadual. “Muitas vezes, eu queria fazer algo a mais por eles, mas ficava muito presa no sentido da relação de sala de aula, então eu já tinha vontade de possibilitar a eles aulas extras e fazer coisas diferentes, principalmente para eles não se sentirem tão abandonados ou perdidos nesse período de pandemia”.
Além do canal no YouTube, foi criado um Instagram voltado à postagem de pequenos vídeos. “Meus alunos mesmo sugeriram a criação do Instagram. Tento aproximar esse conhecimento químico que às vezes fica tão longe deles, justamente para que eles possam ver a Química não como uma disciplina chata, mas sim entenderem que temos muito mais no nosso dia a dia do que podemos imaginar”.
Um exemplo, foi o vídeo produzido no Dia dos Namorados. Nele, Kathya fala sobre a química do amor, explicando a relação de estar apaixonado com a ativação de substâncias químicas específicas no cérebro.
A criação do canal foi um grande desafio, devido a exposição. Por mais que esteja acostumada a lecionar, a exposição na internet vai muito além das salas de aulas, atingindo um público muito maior, estando assim, sujeita a julgamentos. “Começar a gravar os vídeos é acreditar no meu trabalho. Acredito que a educação é uma ferramenta muito importante. Temos que nos abraçar nesse momento e entender que só com a educação, nós conseguiremos transformar e fazer as coisas acontecerem para um mundo melhor”.
Kathya acredita que o afastamento da relação professor-aluno é o maior problema relacionado à educação digital. Isso porque, as aulas presenciais proporcionam um vínculo no processo de ensino aprendizagem, que a educação digital, muitas vezes, não permite. Mesmo assim, ela acredita na educação como arma de transformação. “Se com meus vídeos, eu conseguir atingir cinco pessoas, pra mim isso já é mais que suficiente, porque sei que vou estar ajudando essas cinco pessoas. Que no meio desse caos que está sendo a pandemia, elas estão acreditando no futuro, e talvez eu esteja disponibilizando uma oportunidade para elas aprenderem”, finaliza.
Para conferir os conteúdos produzidos pela professora Kathya, acesse: @kathyons.quimica no Instagram e Kathyons no YouTube
EDUCAÇÃO
Química On-line: egressa da Unioeste cria canal no YouTube para auxiliar estudantes
Os conteúdos abordados auxiliam os estudos nesse momento de pandemia e ampliam os canais de acesso a temas que são importantes não só para o cotidiano escolar, mas também na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Por Assessoria
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