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TECNOLOGIA

Pandemia acelera transformação digital e contratação de profissionais de TI

70% dos alunos formados em projeto gratuito de qualificação profissional já foram empregados. Nova turma dará oportunidade para jovens da Região Serrana

25/06/2020 - 15:36
Por Assessoria de Imprensa


A pandemia causada pelo coronavírus tem impactado diretamente a economia e o mercado de trabalho, o que fez com que a demanda por profissionais da Tecnologia da Informação (TI) fosse impulsionada nos últimos meses. Neste período, empresas aceleraram projetos de infraestrutura, segurança de dados e suporte técnico e, para isso, contrataram muitos profissionais com este perfil.

A adoção do home office, as aulas on-line e compras através de e-commerce estão entre os novos hábitos da população que passaram por transformações bastante significativas. Mais do que tecnologia inovadoras, a pandemia demarca um novo cenário: a era da humanização tecnológica, com foco na experiência customizada para o usuário.

De acordo com Rodrigo Curcio, fundador da HumanAZ, startup especializada na atração e seleção de profissionais de TI para empresas de todos os segmentos, a maior procura diante do cenário atual é por trabalhadores especializados em infraestrutura e arquitetura, nuvem e Big Data, cibersegurança e comportamento de mercado. "As fintechs, healthtechs e deliveries, o que inclui os e-commerces, são os responsáveis pela principal onda de contratações neste período. São negócios que estão rompendo a barreira do tradicional e mergulhando no processo total de transformação digital, assim, a demanda por profissionais especializados nas diversas vertentes da TI é altíssima”, garante Curcio.

A gerente de conteúdo da Casa Firjan, Maria Isabel Oschery, lembra que tendências previstas para daqui a cinco anos já estão sendo implementadas. “A partir de agora, tudo o que poderá ser feito virtualmente, será e isso inclui compras, reuniões de trabalho, serviços de banco, telemedicina e até ginástica. Desse modo, o grande desafio das empresas não será mais o ingresso no meio digital, mas sim o aprimoramento da experiência virtual dos usuários. O investimento em processos internos para operacionalizar o cenário digital também será crucial para ampliar a performance das companhias”.

Este novo cenário fez com que Felipe Martins, da Casa e Garagem, agisse de forma rápida nas mudanças em sua empresa. O negócio de venda de produtos de construção, ferramentas e utilidades ganhou a internet há 3 anos, mas foi durante a pandemia que ele se viu em seu maior desafio. “Muitas empresas já vinham em um movimento de transformação digital, mas diante deste cenário o que era necessário se tornou urgente. Por isso, estamos investindo alto em logística, melhoria de processos, gestão de estoques e buscando profissionais com expertise que possam nos ajudar nesta transição”, diz.

Carência de profissionais no setor

A empresa de Felipe Martins é uma das apoiadoras do projeto de Residência em Software, criada pelo Serratec - Parque Tecnológico da Região Serrana para reduzir a falta de profissionais qualificados em tecnologia. A primeira turma, em 2019, formou 66 profissionais e 70% já estão empregados. Uma nova turma terá início em 30 de junho e 148 alunos terão a mesma oportunidade após o fim do curso online com duração de 4 meses. 


E se a área já tinha boas previsões de crescimento nos últimos anos, o movimento se intensificou e a disputa por trabalhadores com este perfil se tornará ainda maior pela escassez de profissionais. Relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) mostra que o Brasil forma 46 mil pessoas com perfil tecnológico por ano, mas seriam necessárias 70 mil para atingir a necessidade do mercado, um déficit de 24 mil formandos em TI.


Liderado pelo setor empresarial, o Serratec tem na Residência de Software um dos seus pilares de atuação. O programa de imersão tecnológica é operado em parceria com a Firjan SENAI e voltado à qualificação profissional e à empregabilidade. De um lado estão os alunos, principalmente, jovens recém-saídos do ensino médio. Na outra ponta, o Programa contribui para reduzir o déficit de profissionais qualificados para atuar no setor, problema que atinge todo o Brasil.

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