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EMPREENDEDORISMO

Mulheres estão na gestão, na tecnologia e à frente de empresas no Biopark

O Relatório Global de Gênero, publicado em 2021 pelo Fórum Econômico Mundial, apontou que a igualdade no mundo corporativo, no ritmo atual, só será resolvida na região da América Latina e do Caribe daqui 69 anos
08/03/2022 - 19:26
Por Assessoria


Entre 156 países pesquisados, o Brasil ocupa a posição 93ª no ranking de igualdade de gêneros. Também de acordo com a última pesquisa do IBGE, no Brasil, Mulheres ocupam apenas 37,4% dos cargos de liderança. 

Mas há movimentos que demonstram que esse cenário não é igual em todos os lugares. No Biopark, em Toledo, onde há mais de 300 colaboradores, o número de mulheres e homens em cargos de liderança está equiparado, com 14 mulheres e 13 homens. 

Uma dessas mulheres é Carmen Donaduzzi, que dividiu de forma igualitária a fundação do Biopark com o esposo, Luiz Donaduzzi. “Isso é muito da cabeça de quem direciona uma empresa. As mulheres trabalham com muito afinco, elas são muito dedicadas, leais. Somos iguais, as mulheres são tão capazes quanto os homens, na nossa empresa eu não posso dizer que existem diferenças. As mulheres precisam saber se valorizar” comenta.  

A área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação - PD&I, do Parque também é supervisionada por uma mulher, Carolina Balera Trombini. No departamento de PD&I 70% do quadro de colaboradores é ocupado por mulheres, o que de acordo com Carolina, é um retrato profissional da área da pesquisa regional.  

“Em nossa Região, considero que a participação feminina na área de pesquisa está sim equiparada com a participação masculina. Há 10 anos, quando iniciei minha carreira profissional, havia uma predominância masculina nos cargos de gestão e na área da pesquisa, porém, nos últimos anos as mulheres vêm conquistando seu espaço em diversas áreas e cargos, sendo a área da pesquisa uma delas. Um exemplo da ampliação da presença feminina na área da pesquisa foi o nosso último processo seletivo para uma vaga de pesquisador, onde houve igualdade de gêneros entre os inscritos, com excelentes currículos e, dentre os selecionados para a entrevista final, tivemos uma predominância feminina. Por fim, a vaga foi encerrada com a contratação de uma pesquisadora. Vejo que no Biopark o que vale são as competências e habilidades de cada colaborador, independentemente do gênero”, explica a supervisora de PD&I. 


Outro caso da presença feminina no Biopark é na Coordenação do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, que tem à frente a professora Roberta Rojo Parcianello.  “Por muitos anos, fui a única professora mulher numa equipe de 10 professores da área de TI. No Biopark Educação, em Análise e Desenvolvimento de Sistemas - ADS, curso dominado pela participação masculina entre os alunos, nós mulheres somos quase 50% da equipe de professores”, diz.  

Quando olha para o mercado, Roberta salienta que é necessário atrair mais mulheres para a área. “Acredito que o problema esteja na baixa procura das mulheres por cursos de tecnologia. Com poucas se formando, o mercado acaba sendo um reflexo dos bancos universitários. Ainda há uma cultura errada de que mulheres são de humanas e homens de exatas. Mas percebemos que quando estão no curso, elas se desenvolvem em pé de igualdade com seus colegas”, explica.  

Hoje o Biopark oferta além do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, o curso Biopark Connect, voltado para o ensino de programação, nos dois cursos ainda há predominância masculina, mas de acordo com Roberta, o exemplo feminino pode contagiar e inspirar outras mulheres. “No Connect, ouvi de uma aluna - que já havia trabalhado com programação e estava fora da área desde que teve seu filho-, que quando me via, uma mulher ensinando a programar em uma linguagem de programação que ela sempre achou tão difícil e mostrando o conteúdo de forma tão simples, ela se sentia capaz para seguir em frente. Então o desafio é fazer essa informação chegar as garotas que estão em fase de escolher suas futuras profissões”, comenta.  

No Biopark também há mulheres em cargos de gestão nas empresas residentes, como é o caso da Marta Beatriz Horn Schumacher, responsável pela Gestão Comercial e Estratégia de Vendas da empresa Embio, que hoje tem na equipe toda, a maioria feminina, incluindo as duas filhas de Marta.  
 
"As mulheres são muito corajosas quando o assunto é empreender. Vejo muitas mulheres se dedicando, empreendendo, não medem esforços para realizar e prover, para buscar realizar os sonhos, elas se colocam de verdade. São resilientes, recomeçam, se erguem quando caem. Mas também, quando nos referimos às mulheres, há ainda uma parcela delas que caminha subjugada, que não assume as rédeas da própria vida, ainda não descobriram seu próprio potencial, nem os recursos que possuem – isso precisa e pode mudar”, comenta Marta. 

Há no Biopark iniciativas que tem contribuído para o fomento do protagonismo feminino, principalmente no empreendedorismo. No final de 2021, o fundador do Biopark, Luiz Donaduzzi, anunciou uma série de bolsas de estudos e parte delas será direcionada ao público feminino, voltado ao incentivo de ver mulheres fundado seus próprios negócios.  “Eu quero com isso, capacitá-las para que comecem a sua startup e depois disso, nós temos uma incubadora dentro do Biopark, onde elas poderão dar continuidade aos seus projetos”, disse o Presidente do Biopark, Luiz Donaduzzi, quando anunciou o projeto.


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