A campanha está disponível em postos de saúde e hospitais da rede pública de Toledo e região. O teste é decisivo para melhorar a resposta ao tratamento, pois o diagnóstico é concluído em até 15min. A pessoa infectada com o HIV não apresenta nenhum sintoma, porque a doença ainda não se manifestou. A Aids é a doença propriamente dita. Por isso, a importância de procurar por profissionais e fazer estes exames.
Alguns dos Municípios da 20ª Regional de Saúde possuem uma equipe capacitada para realizar o teste rápido. O teste convencional é utilizado nas cidades menores, onde não há uma equipe capacitada.
A equipe é composta por assistente social, psicóloga, enfermeiro, farmacêutico, bioquímico e dois médicos. A diretora técnica em saúde do Ciscopar, Denise Marilene Franz, afirma que o grupo é responsável por elaborar estratégias caso o resultado seja positivo, pois várias pessoas buscam a testagem, porém muitas delas mesmo tendo atitudes de risco acreditam que o resultado será negativo.
“A equipe faz o aconselhamento pré e pós teste. o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Toledo até dezembro vai auxiliar alguns Municípios da Região. Muitos profissionais foram capacitados para realizar este teste. Em setembro foi realizada uma reciclagem e vários profissionais foram reprovados, porque constatou-se que eles não estavam fazendo a testagem de forma adequada. Exemplo: o fato de fazer o teste com a mão inclinada pode alterar o resultado. Dos 23 capacitados, 11 terão que repetir o curso, porque só podem laudar as pessoas que tiveram a certificação do Ministério da Saúde”, explica.
Programação
No CTA, o teste rápido de HIV é realizado das 7h às 19h, inclusive durante o horário do almoço. Nos bairros, segundo Denise, está sendo traçado uma forma de trabalho com os agentes de saúde. A proposta é realizar os testes das 17h às 22h. Conforme Denise, um calendário juntamente com os serviços de Toledo está sendo formatado. Outra proposta de trabalho citada por Denise, é que os agentes de saúde realizem o trabalho de busca de pessoas, pois eles conhecem o foco de usuários de drogas injetáveis e de prostituição.
“O nosso objetivo é elevar o conhecimento destas pessoas. Devem fazer o teste de HIV pessoas que mantém relação sexual sem o uso de preservativo. Neste trabalho percebemos que as pessoas que nunca fizeram o teste e apresentam comportamentos de risco o importante é fazer o exame da sífilis”, comenta.
Público-alvo
Neste ano, o Ministério da Saúde preconizou o trabalho com jovens e adolescentes, diferente do ano passado quando o público-alvo foram os idosos.
“O que percebemos na nossa região são pessoas contaminadas que acabam adoecendo, o que chamamos de diagnóstico tardio. O vírus leva de seis a oito anos para se manifestar. As vezes, a pessoa reage ao tratamento, porém outras não, pois muitas delas acabam adquirindo uma infecção oportunista, não resistem e falecem”, relata.
Texto Graciela Souza