1144 x 150 anu%e2%95%a0%c3%bcncio casa de noti%e2%95%a0%c3%bcciasconstrua pre%e2%95%a0%c3%bcdios no biopark

TOLEDO

Prefeitura faz estudo para entender hábitos da população no descarte do lixo urbano

Estudo consiste em separar uma fração do lixo recolhido pelo caminhão da coleta, dividir em quatro partes e usar duas delas para análise.
10/08/2022 - 17:45
Por Prefeitura de Toledo


Para entender os hábitos da população quando o assunto é o descarte de lixo (resíduo), técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) finalizaram na última semana a coleta de amostras de 17 regiões do município para um estudo gravimétrico. Ele consiste em separar uma fração do lixo recolhido pelo caminhão da coleta, dividir em quatro partes e usar duas delas para análise. Toda amostra é pesada e separada de acordo com o tipo de resíduos (papel, papelão, plástico, vidro, metal, madeira, matéria orgânica, borracha e outros). 

Em média, o Aterro Municipal recebe 90 toneladas de resíduos domiciliares por dia pelo sistema de coleta. Eles são caracterizados como resíduos sólidos urbanos (RSU). A composição dos RSUs é muito variada. Pode incluir desde pequenos materiais orgânicos até grandes materiais inorgânicos. 

Além disso, o Programa de Coleta Seletiva abrange 100% dos bairros e ainda 13 comunidades do entorno. A média mensal de recolhimento de resíduos por meio dos contêineres amarelos é de 118 toneladas/mês. Na modalidade porta a porta, 102 toneladas. Mas segundo o Secretário de Meio Ambiente, Júnior Henrique Pinto, deste montante, a Associação dos Catadores de Recicláveis de Toledo (Acatol) consegue comercializar aproximadamente 120 toneladas, o restante são rejeitos. 

“Realizamos diversas ações, principalmente em parceria com a Secretaria de Educação (SMED), para orientar sobre a coleta seletiva e os tipos de materiais que podem ser reciclados. Mesmo assim, muito resíduo que chega ao Aterro Sanitário pelo sistema de coleta de orgânicos poderia ter outra destinação, como por exemplo, a reciclagem. Nossa estimativa é que hoje apenas 15% do que é produzido tem essa destinação. Esse estudo vai ajudar a entender que tipo de resíduo está chegando no caminhão e quantificar cada tipo por região da cidade”, explicou. 

Ao dimensionar a quantidade produzida em cada área será possível gerar dados que definirão metas e modelos de gestão. Este trabalho teve início em maio deste ano e tem como previsão apresentar os resultados definitivos do estudo até o final do mês de outubro de 2022. 

Mesmo sem análise técnica dos dados, que a partir de agora serão tabulados e analisados mais didaticamente, a coordenadora da Unidade de Valoração de Resíduos (UVR) e responsável pelo estudo, engenheira ambiental Maria Luíza Veroneze, observou que existem discrepâncias de comportamentos de uma região para a outra do município. “Percebemos que o descarte de plástico é um dos maiores problemas na maioria das regiões. Já o vidro, as ações de Educação Ambiental conseguiram sensibilizar a população para a destinação adequada. Quanto aos outros tipos de resíduos, cada região tem sua particularidade. Onde o potencial econômico é menos favorecido as pessoas não desperdiçam tanto alimentos em relação aos bairros de classe alta, ou seja, pobre não joga comida fora”, exemplificou Maria. 

A engenheira ambiental realizou a coleta das amostras com o apoio do coordenador da UVR, Edemar Rockenbach, e de outros servidores da SMMA. Somente após a análise e tabulação das amostras e que poderá estimar com maior precisão o quanto de resíduos pode ser reciclado ou mesmo ser destinado para outros fins (como rejeitos, volumosos e outros tipos de resíduos). “Promovendo uma Educação Ambiental local, orientando a correta destinação de cada material. O resultado poderá constituir em um instrumento norteador para o Poder Público no desenvolvimento das ações que serão realizadas na gestão e manejo dos resíduos sólidos gerados no município”, apontou a coordenadora.
Sem nome %281144 x 250 px%29