Seguindo com a estratégia de levar a vacinação contra a poliomielite a lugares com intensa movimentação de pessoas, Toledo realiza neste sábado (17), das 9h às 19h, mais um mutirão. Dessa vez, o trabalho será feito em parceria com o Allmayer Supermercados, que ofereceu as duas lojas mantidas pela rede na cidade para montar pontos de vacinação nas unidades da Vila Industrial (Rua Santos Dumont, 4097) e do Jardim Porto Alegre (Rua Cerro Largo, 457).
Devem ser imunizadas contra a poliomielite todas as crianças de 1 a 4 anos que completaram o esquema vacinal nos primeiros 12 meses de vida. Para receberem a dose, os pais ou responsáveis devem levar carteirinha de vacinação e documento com foto.
Até às 12h de terça-feira (13), 4.410 doses da vacina contra a pólio já foram aplicadas, o que representa uma cobertura vacinal de 60,25%. Até 30 de setembro, data determinada pelo Ministério da Saúde para o término da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, espera-se que esse índice suba para 95%, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Embora as gerações mais novas não tenham vivido o flagelo da poliomielite, que matou e comprometeu seriamente o desenvolvimento de milhões de pessoas (especialmente crianças) em um passado não muito distante, essa doença, que ocasiona paralisia em várias regiões do corpo, especialmente nos membros inferiores, voltou a ser uma ameaça para a humanidade. Também conhecida como “paralisia infantil”, essa patologia foi erradicada no Brasil em 1994 e isso só foi possível devido a um grande esforço das autoridades de saúde pública e da sociedade como um todo, que se envolveram em campanhas de vacinação com altos percentuais de adesão.
Na última década, houve um retrocesso causado por inúmeras fake news e pela perda de receio dos pais para com a doença. Infelizmente, esse quadro permitiu o reaparecimento da poliomielite em vários países do mundo e o Ministério da Saúde, neste momento, investiga um caso suspeito em Rorainópolis, no Sul de Roraima – o último episódio confirmado desta patologia no Brasil foi registrado em 1989. “Levando em conta que o imunizante contra a pólio é fornecido gratuitamente pelo SUS [Sistema Único de Saúde] e que este tem segurança e eficácia inquestionáveis, não há porque os pais não levarem seus filhos de 1 a 4 anos de idade para serem vacinados. Aos que ainda não fizeram isso, convido para que procurem as unidades de saúde durante a semana ou uma das lojas do Allmayer neste sábado para conferir esta proteção a essas crianças. Elas não precisam conviver com esta ameaça”, salienta a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Cleunice Sarturi.
