A projeção do número de habitantes dos municípios e estados brasileiros divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última semana do ano passado, foi o tema do encontro ocorrido na tarde desta quarta-feira (4) na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito. Acompanhado do secretário de Fazenda e Captação de Recursos, Jadyr Cláudio Donin, e do diretor do Departamento de Receita desta pasta, Jaldir Anholeto, o chefe do Executivo Municipal ouviu maiores detalhes sobre os trabalhos do Censo 2022 em Toledo do gerente da agência regional do órgão público federal, Marcelo Berwanger.
De acordo com a estimativa apresentada pelo IBGE, Toledo teria 156.123 habitantes, 93 a menos do que é necessário para se atingir o coeficiente máximo (4,0) nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), recurso enviado periodicamente pela Secretaria do Tesouro Nacional aos demais entes da Federação. Esta diferença representará, ao longo de 2023, cerca de R$ 15 milhões a menos nos cofres da prefeitura.
Em sua fala, o prefeito Beto Lunitti disse aguardar ansiosamente pelos números consolidados de Toledo no Censo 2022, que devem ser divulgados logo após a conclusão das visitas aos domicílios, o que deve acontecer até o fim deste mês. “Ainda que neste ano haja um repasse menor do FPM, estou esperançoso de que ultrapassaremos a marca de 156.216 habitantes, necessária para recebermos o coeficiente máximo deste fundo a partir de 2024. Mais do que isso: conhecer a fundo o perfil demográfico e socioeconômico da nossa população é fundamental para elaborarmos políticas públicas de qualidade ainda maior. Estas informações acabam sendo, no fim das contas, tão importantes como os recursos financeiros que poderão vir em função do número de moradores”, pontua.
Segundo o gerente regional do IBGE, há ainda cerca de 5.000 endereços para serem visitados em Toledo. “Temos uma equipe composta atualmente por 50 recenseadores e eles têm reparado uma tendência que está ocorrendo em várias regiões do Brasil: domicílios que, na média, possuem um número menor de moradores. Neste cenário, as chances de haver um acréscimo ou decréscimo significativo no número de habitantes divulgado recentemente pelo IBGE são bem pequenas”, avalia.
De acordo com Marcelo, a maior dificuldade enfrentada pela equipe que gerencia é a resistência de muitos moradores em receber os recenseadores. “Isso ocorre principalmente na área urbana da sede, sobretudo em condomínios. Quando o agente censitário passa pelo endereço e não encontra ninguém, ele deixa um bilhete orientando o morador a entrar em contato para marcar data e horário de uma nova visita. Por isso, peço àqueles que não receberam o Censo em casa para verificar se esta correspondência está ou não em sua caixa de correio e também a conversar com os demais moradores para verificar se nenhum deles atendeu alguém da nossa equipe”, recomenda.
Outra opção para quem ainda não foi visitado pelos recenseadores é o telefone 137, o “Disque Censo”. A linha está disponível para atendimento em todos os dias da semana, das 8h às 21h30.
