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SAÚDE

Covid-19: Cobertura vacinal reduziu em 90% as mortes causadas pela doença no comparativo 2021 e 2022, em Toledo

A letalidade pela Covid-19 saiu de uma média de 1,97% em 2021 para 0,17% no ano passado – se a média do ano retrasado fosse mantida, 435 óbitos teriam acontecido em 2022, 397 a mais do que efetivamente foi registrado
05/01/2023 - 14:56
Por Assessoria


O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (5) pela Secretaria Municipal de Saúde confirma as conquistas obtidas por Toledo no combate à Covid-19 em 2022. Embora a quantidade de casos confirmados nos 365 dias do ano passado tenha aumentado 16,05% em relação a 2021 (22.077 ante 19.024), o número de óbitos causados pela doença causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) caiu 89,87% (de 375 para 38).
 

Da mesma maneira, houve redução de 91,37% na letalidade (proporção de pacientes diagnosticados com Covid-19 que vieram a óbito) no município, saindo de uma média de 1,97% em 2021 para 0,17% no ano passado – se a média do ano retrasado fosse mantida, 435 óbitos teriam acontecido em 2022, 397 a mais do que efetivamente foi registrado. Redução semelhante (86,36%) se viu no índice de hospitalização (proporção de pacientes ativos, isto é, que testaram positivo para o Sars-Cov-2 que precisaram de um leito de enfermaria ou de unidade de terapia intensiva [UTI]), caindo de 14,44% no ano retrasado para 1,97% em 2022.

Em números absolutos, isso representa uma queda de lotação média diária de 90,04%, de 49,0 leitos ocupados para 4,88 – um alívio para o sistema de saúde pública e privada, que pode destinar sua estrutura para o atendimento de pacientes com outras patologias. O número de pacientes que se recuperaram da Covid-19 em 2022 cresceu 10,06% em relação ao período anterior (21.519 ante 19.553), reflexo do aumento exponencial de casos (a maioria sem gravidade) causado pela variante ômicron do Sars-Cov-2, muito mais contagiosa, mas, ao que tudo demonstra, menos letal que as anteriores.

Para a secretária da Saúde, Gabriela Kucharski, estes números são animadores e mostram que Toledo tem caminhado na direção certa no combate ao Sars-Cov-2. “Atribuímos essa redução na letalidade e nas internações ocasionadas pela Covid-19 à excelente adesão da população de Toledo à vacinação, que é de praticamente 100% na população de 12 anos ou mais com primeira e segunda doses tomadas, critério necessário para o Ministério de Saúde considerar uma pessoa como imunizada. Contribuiu para este bom resultado a parceria que firmamos com o Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Imunização, UFPR [Universidade Federal do Paraná], a Pfizer e o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre”, avalia. “Graças a isso, conseguimos enfrentar três ondas que enfrentamos em 2022 sem sobrecarregar o sistema de saúde do ponto de vista de lotação de leitos hospitalares. Embora tenhamos espaçado um pouco mais a divulgação dos boletins, esse monitoramento continua sendo feito de forma semanal, com foco principalmente na quantidade de pacientes confirmados, internados e que vieram a óbito”, comenta.

Para 2023, a secretária pontua que o combate à Covid-19 será focado na prevenção. “Vamos continuar seguindo as orientações do Ministério da Saúde para disponibilizar e ampliar o acesso da população à vacina, seja ampliando, de forma pontual, o horário de atendimento das unidades de saúde, seja em ações extramuros, isto é, em locais com grande circulação de pessoas fora das UBS. Entendemos que a imunização é o meio mais eficaz para enfrentar esta doença, pois é muito melhor trabalhar na parte preventiva do que a curativa”, salienta.

 

Última semana

Os dados referente à última semana epidemiológica do ano recém-concluído (52/2022) apontam para uma situação na qual a matriz de risco foi mantida na bandeira amarela, a qual quer dizer “baixo risco de contágio” para as pessoas que estão com o calendário vacinal completo. Portanto, algumas medidas tomadas desde o início da pandemia precisam ser retomadas ou reforçadas, tais como usar máscara em ambientes fechados, evitar aglomerações e higienizar as mãos periodicamente. 

De 25 a 31 de dezembro, 358 moradores do município testaram positivo para o Sars-Cov-2, uma média móvel de 51,14 confirmações diárias, 44,06% a menos que nos 14 dias anteriores (semana 50/2022, quando se registram 640 casos e média de 91,43/dia). Considerando que 741 pessoas se recuperaram da doença, há 543 pacientes ativos, sendo que dois se encontravam internados em leitos de enfermaria e três em unidade de terapia intensiva (UTI). 

Na semana epidemiológica 52/2022, 1.212 pessoas notificadas como suspeitas de terem sido infectadas pelo Sars-Cov-2 realizaram exames, sendo 1.000 na iniciativa privada e 212 pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – até o último sábado (31/12), 10 RT-PCR estavam em análise. A partir destes dados, o índice de positividade nos exames realizados no e/ou pelo município foi de 29,54%.

Desde o início da pandemia, Toledo teve 50.923 testes para o Sars-Cov-2 deram positivo, havendo recuperação em 49.871 casos. Infelizmente, 509 pessoas morreram em virtude da doença.

 

Prevenção

A SMS informa que, embora o Decreto Estadual nº 10.596/2022 (ao qual Toledo aderiu integralmente por meio do Decreto nº 414/2022) tenha retirado a obrigatoriedade do uso de máscara em quaisquer ambientes, esta continua sendo recomendada para pessoas que apresentem sintomas gripais ou que estejam em ambientes de saúde que atendem pacientes com síndrome respiratória, o que é o caso das unidades básicas de saúde (UBS) e dos pronto-atendimentos. 

Outro cuidado fundamental é manter em dia as vacinas, tomando as doses no tempo recomendado pelo Ministério da Saúde, evitando, assim, possíveis complicações, hospitalizações e óbitos. Por falar nisso, Toledo, até o momento, aplicou 347.784 doses do imunizante contra o Sars-Cov-2, 727 entre 25 e 31 de dezembro.

Em relação às unidades para adultos (12 anos ou mais), a cobertura vacinal em relação ao público-alvo é de 102,47% (1ª dose - total de 124.485 unidades), 92,72% (2ª dose - 110.052 unidades), 63,44% (1ª dose de reforço - 69.812 unidades), 22,20% (2ª dose de reforço - 24.433 unidades) e 0,07% (3ª dose de reforço - 79 unidades). Quanto às crianças de 6 meses a 11 anos de idade, esses índices são de 43,75% (1ª dose - 9.677) e 30,08% (2ª dose - 6.654).

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