Em 2022, Toledo obteve, em termos proporcionais, o maior saldo per capita de geração de empregos entre os 22 municípios do Paraná com mais de 100 mil habitantes. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira (31) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, 3.574 novos postos de trabalho (32.694 admissões e 29.120 desligamentos) foram criados nos 12 meses do ano passado.
Este número representa uma média de 22.892,21 para cada um milhão de habitantes, à frente de Araucária (20.863,95), São José dos Pinhais (20.146,70), Pinhais (19.679,81) e Curitiba (16.268,93). Em termos absolutos, o município ocupa a sexta posição, atrás de outros municípios com população e produto interno bruto (PIB) bem maiores: Curitiba (30.452), Londrina (7.023), São José dos Pinhais (6.603), Maringá (4.241) e Ponta Grossa (3.633).
Para o superávit de 3.574 empregos obtido por Toledo em 2022, o setor de serviços foi o que mais contribuiu: 2.773 (12.989 admissões e 10.216 desligamentos). Em seguida, aparecem a indústria, com 361 (8.943/8.582); a construção, com 233 (2.916/2.683); o comércio, com 172 (7.140/6.968); e a agropecuária, com 35 (706/671).
Vínculo formal – No cenário estadual, Toledo também destacou-se no crescimento do número de pessoas empregadas com Carteira de Trabalho da Previdência Social (CTPS) assinada nos cinco setores avaliados no levantamento, passando de 51.617, no início do ano, para 55.191, um crescimento de 6,92%, a quinta maior média entre as 22 cidades paranaenses com mais de 100 mil habitantes, atrás de Araucária (8,45%), Piraquara (8,20%), Fazenda Rio Grande (8,01%), e Colombo (7,02%). Comparando este estoque ao número total de habitantes, a Capital Paranaense do Agronegócio tem a segunda maior proporção dentre os municípios analisados: 35,35%. Encontra-se atrás de Curitiba (40,09%) e à frente de Maringá (33,98%), Pinhais (31,98%) e São José dos Pinhais (31,92%).
Dezembro – A exemplo do que aconteceu nos demais 21 municípios com mais de 100 mil habitantes do Paraná analisados, Toledo registrou deficit de 630 postos de trabalho em dezembro, com 2.074 admissões e 2.704 desligamentos. O maior número de baixas (-206) foi entre as prestadoras de serviço (884/1.090), seguidas pelas indústrias (-200/526/726), pelas empresas de construção (-127/96/223), pelos estabelecimentos comerciais (-85/501/586) e pela agropecuária (-12/67/79). Em números absolutos, os cinco piores saldos negativos ficaram com Curitiba (-9.856), Cascavel (-1.966), Maringá (-1.778), Londrina (-1.422) e São José dos Pinhais (-1.153).
2022 x 2021 – Analisando os dados de 2022 e comparando-os com os de 2021, nota-se variação de 7,08% no total de admissões pelas empresas de Toledo (32.694 ante 30.531) e de 10,4% no número de desligamentos (29.120/26.376), razão pela qual o saldo foi 13,98% menor (3.574/4.155). Outro dado que chama a atenção foi o aumento (15,73%) no estoque de trabalhadores que atuam na prestação de serviços, saindo de 17.632 para 20.405, ultrapassando o quantitativa de colaboradores contratados pelas indústrias, que subiu 1,9% no período (de 19.007 para 19.368). Este quadro rompe uma tradição de Toledo sempre ter um contingente maior de postos de trabalho no setor industrial do que nos demais.
Brainstorming – Os caminhos para manter Toledo como referência estadual na geração de empregos foram debatidos na segunda edição do brainstorming promovida pela unidade local da Agência do Trabalhador na última quarta-feira (25). O evento, realizado na sede do órgão, reuniu representantes da classe empresarial, do mundo acadêmico e das entidades do sistema “S” (Senai e Senac). Esses atores importantes para a economia local falaram das principais demandas, bem como sugeriram soluções para problemas recorrentes como qualificação da mão de obra e rotatividade de equipes. Todas essas questões foram respondidas por meio da plataforma Multi, por meio da qual os participantes também puderam avaliar os serviços prestados pela Agência do Trabalhador de Toledo.
