Uma noite deliciosa. Literalmente. É assim que se pode descrever a noite da celebração dos quatro anos do Projeto de Queijos finos do Biopark Educação, que aconteceu nesta quinta-feira (16). Na ocasião, cerca de 200 pessoas, entre produtores rurais, estudantes e a comunidade em geral, prestigiaram o evento, que aconteceu no auditório do campus local da UFPR.
O coral do Biopark abriu a noite com chave de ouro, em uma apresentação emocionante. Em seguida, foram ministradas duas palestras. A primeira com o tema "Queijos finos: transformação econômica e cultural na região Oeste do Paraná", com a Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark Educação, Carolina Trombini. Por conseguinte, foi a vez de Alessandro Nogueira, da Escola Tecnológica de Leite e Queijos dos Campos Gerais – UEPG – ministrar a palestra “Um olhar além do Queijo".
Finalizando a noite, os convidados puderam degustar uma mesa recheada com receitas à base dos queijos finos, saboreando, inclusive, produtos exclusivos para a cerimônia. Carolina Trombini disse que o momento foi de confraternização entre todos os amantes de queijo. “Foi um sucesso e o número de público demonstra isso, seja de quem produz, aprecia ou simplesmente tem curiosidade sobre queijo”, comenta a gerente de pesquisa, exaltando ainda a importância do projeto. “Estamos cada vez mais agregando valor ao produtor, levando tecnologia e conhecimento a eles”.
No evento também foi divulgada uma novidade. A partir deste ano, o projeto tem um acordo de colaboração com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-PR). A intenção é trabalhar no que tange o manejo da propriedade. “Eles vão colaborar com o manejo do gado, da propriedade, capacitando e treinando os proprietários com as ferramentas e os equipamentos”, explica Carolina.
Já o palestrante e professor Alessandro Nogueira alega que, apesar de recente, o projeto de Queijos Finos do Biopark conta com resultados formidáveis. “Queijo fino é um assunto delicioso, tanto para quem escuta, fala ou produz. E na minha concepção, não conheço nenhum projeto com esta envergadura e resultados em um espaço tão curto de tempo. É uma honra poder celebrar este dia especial”, elogia.
Um destes cases de sucesso do projeto é a produtora Gelir Maria Giombelli. Ela faz parte do Queijos Finos há dois anos e meio, mas já produzia queijos coloniais e tradicionais há 30 anos. Emocionada, ela recorda de quando seu queijo – o Tomme Negro d’Oeste – levou a medalha de prata no 2° Mundial de Queijos do Brasil, que aconteceu em São Paulo em setembro do ano passado.
“Lembro do dia em que a Dona Carmen Donaduzzi me ligou falando sobre esta conquista. É o reconhecimento de anos de trabalho e eu nunca imaginei que teria um queijo fino premiado a nível mundial. É algo que até hoje me emociona quando eu falo. É resultado dos 365 dias de trabalho que temos sem férias, sem fins de semana para descanso. Estou feliz por estar nesse projeto”, destaca Gelir.
E a intenção do projeto é continuar colecionando vitórias. Além de participarem novamente do campeonato internacional em São Paulo, o projeto vai participar do Prêmio Queijos do Paraná, em junho; e ainda planeja competir na França. “Estamos fazendo a logística para participar de um campeonato lá, pré-selecionando os queijos que têm a possibilidade de fazer o translado. Pretendemos ampliar a nossa participação em concursos para reforçar ainda mais que nossos produtores estão fazendo queijos de excelência com tecnologias únicas”, conclui Carolina Trombini.
