O I Encontro Alimentos do Futuro – Perspectivas e Tendências do Setor Produtivo Paranaense em Alimentos Saudáveis - teve início na manhã desta quinta-feira (11), reunindo setor o produtivo, pesquisadores e governos. O objetivo do Encontro é conectar o capital intelectual vinculado às pesquisas e as demandas do mercado e a partir do diálogo entre as partes, alinhar as linhas de pesquisas que nortearão os trabalhos de um Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI. O Fundador e Presidente do Biopark, Luiz Donaduzzi anunciou R$ 1 bilhão para bolsas de pesquisa que, como contrapartida, deverão apresentar produtividade e resolutividade.
Luiz Donaduzzi reafirmou o propósito do Biopark. “O Biopark foi concebido para fazer pesquisas observando as demandas de produtores e empresas, assim fizemos com o Projeto de Queijos Finos. Criamos um laboratório que entrega valor aos produtores de queijo. E assim será com o NAPI, faremos pesquisas abertas, para atender as demandas do mercado”.
O Presidente do Biopark enfatizou o propósito de uma Universidade de Excelência. “As demandas serão alinhadas com a academia, com o objetivo de trazer eficiência e resolutividade as pesquisas, seja de curto, médio ou longo prazo. Serão aplicados recursos e acompanharemos a produtividade de cada pesquisa. Vamos trazer professores e instituições dispostos a entregar resultados. Tenho R$ 1 bilhão para bolsas de estudos que serão destinadas em primeiro lugar à mulheres empreendedoras”.
A ideia de conexão entre pesquisadores e mercado é reforçada pelo Vice-Presidente do Biopark, Paulo Victor Almeida. “Queremos conectar governos, entidades acadêmicas da nossa região, que são o nosso patrimônio intelectual e todas as iniciativas privadas porque lá na ponta são elas que têm que escalar o resultado da pesquisa. Este Encontro é um momento de alinhar interesses, para que lá na frente, tenhamos estes alimentos do futuro, saudáveis na mesa de toda a população”.
Almeida destaca que já foram feitas outras rodadas de diálogo. “Conversamos com os presidentes das Cooperativas, representante da BRF e outras indústrias do Oeste, para que pudéssemos entender suas demandas e assim, conectá-los aos pesquisadores, este é o papel do Biopark, conectar interesses, então existe muitas nuances e o ponto chave agora é definir como evoluir, que caminhos seguir”.
O Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da BRF, Fabio Bagnara destacou a importância desta conexão entre o setor produtivo e pesquisadores. “A BRF está presente na região há muitos anos e acredita muito no potencial que a região ainda tem para o desenvolvimento. Acreditamos que o modelo que está sendo adotado de chamar para o diálogo os participantes desse ecossistema de produção de alimentos, aqui do Paraná, é muito produtivo, apesar de muitas vezes, as empresas concorrerem no mercado, todas têm desafios muito próximos umas das outras, então a gente acredita muito que soluções podem ser desenvolvidas para uso de todos, soluções compartilhas e com isso a gente reforça o setor e consegue reforçar, cada vez mais, a região e o Brasil como um grande produtor mundial de alimento”, defendeu o Executivo.
Bagnara antecipou algumas demandas que a empresa acredita que o NAPI pode contribuir. "Vamos passar alguns desafios que poderiam ajudar muito o nosso modelo de produção, seja desafios bastante técnicos, como métodos analíticos rápidos que poderiam agilizar a nossa produção, modelos de produção que possibilitassem a redução no uso de insumos, seja água,seja energia elétrica para geração de frio... Então nós demos uma possibilidade muito grande de adotar soluções que serão desenvolvidas pela academia”.
O Executivo destacou ainda a relevância do Encontro. “O fato de você centralizar as discussões num único lugar, ter gente pensando em coisas diferentes, todas relacionadas a área da saúde, porque no final a alimentação e a saúde são coisas muito ligadas, isso ajuda muito, até porque você possibilita com isso o contato de pessoas, pesquisas e pesquisadores de áreas diferentes, vendo desafios diferentes. Possivelmente exista desafios na área de pharma, que a área de alimentos também os tem, e assim, pode existir uma sinergia de colaboração nestas áreas”.
O Coordenador de Ciência e Tecnologia do Estado, Marcos Pelegrina destacou o papel das Universidades. “Hoje sabemos que 90% das pesquisas no Brasil saem das universidades públicas, queremos que as universidades respondam estas demandas, por isso vamos trazer a inteligência destas Universidades para construir estas soluções, soluções para demandas da sociedade”.
A Coordenadora do Serviço de Inspeção Municipal de Produtos de Origem Animal (SIM-POA), Liane Pietrobelli acredita na conexão pesquisa e mercado. “Eu acredito que serão criados novos produtos e soluções com menor impacto ambiental. Esse conhecimento e integração são perfeitos”.
O Fundador e Presidente do Biopark, Luiz Donaduzzi manifestou sua expectativa com o I Encontro Alimentos do Futuro – Perspectivas e Tendências do Setor Produtivo Paranaense em Alimentos Saudáveis e o NAPI. “Não temos respostas para tudo, mas vamos construir juntos porque este é um Projeto fantástico”, finalizou.
O Evento é uma iniciativa do Biopark, Biopark Educação, Fundação Araucária, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná, do Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL, Embrapa e Prefeitura do Município de Toledo.
