O Prefeito de Toledo, Beto Lunitti recebeu a imprensa num encontro diferente dos moldes tradicionais de Coletiva à Imprensa, com pauta livre ao estilo Roda Viva da TV Cultura, o Chefe do Executivo Municipal respondeu perguntas sobre ambiente, reforma tributária, pedágios, saúde e muitas outras. A iniciativa foi apreciada pelos profissionais de imprensa, por se tratar de um momento que possibilitou o aprofundamento sobre temas de interesse público.
O evento foi em alusão ao Dia da Imprensa, comemorado ontem (1) e aconteceu na Câmara de Vereadores. A iniciativa deu visibilidade a algumas ações do governo municipal e suas relações com os Governos do Estado e Federal. Lunitti buscou mostrar um trânsito político nas mais diversas esferas, sem críticas a gestores que passaram ou estão ocupando cargos políticos.
Sobre reforma tributária o Prefeito de Toledo falou sobre a importância dos gestores municipais buscarem receitas, trazendo eficiência aos processos, como por exemplo, a liberação de projetos, que geram receitas para os municípios, mas também mostrou-se preocupado com a Reforma Tributária em discussão no Congresso Nacional. “Os municípios perderam receita do ISS, ao definirem que os impostos gerados por vendas em cartões de crédito ficam na origem da venda e não do consumo”.
Por outro lado, a atual discussão sobre Reforma Tributária pode converter impostos do que é produzido aqui, para os municípios maiores, tendo como fonte pagadora o consumo. “O Congresso não pode deixar o primo pobre, mais pobre”, advertiu o Prefeito.
Segundo o gestor, Toledo, até o momento, teve um crescimento de 6%, precisa crescer mais 6% para atingir o projetado. “Estamos correndo atrás, mas esta Câmara votará uma autorização de Empréstimo da ordem de R$ 50 milhões. Não podemos interromper nossa capacidade de investimento”.
Hospital Regional
O prefeito Beto Lunitti lembrou a participação dos diversos gestores para que a obra fosse concluída. “Todos ao seu tempo, fizeram um esforço para que o Hospital acontecesse. No meu mandato anterior eu conclui a obra, houve a necessidade de adaptações que foram feitas. Enquanto eu estive internado no Hospital, por conta da Covid, meu vice, Ademar Dorfschimidt, assumiu uma força tarefa e reunia com todas as equipes semanalmente para fazer acontecer e conseguimos. Foi um aprendizado. Temos que entender tudo que aconteceu, para outras obras não demorarem como esta, mas o importante é que agora falta pouco. A minuta do contrato está com o jurídico da empresa que venceu a licitação para fazer a gestão, assinando, 90 dias abriremos o Hospital”.
Vacinas
O chefe do Executivo lamentou a baixa adesão as vacinas, mas enfatizou que no comparativo com outros municípios Toledo está com números melhores. “Ainda estamos abaixo da meta, mas andamos, já melhoramos em relação a outros municípios. Precisamos entender que até pouco tempo houve uma campanha antivacina, e isso influenciou muito. Hoje, todos nós precisamos colaborar para levar a informação que as vacinas são importantes na prevenção ou agravamento de doenças e juntos superarmos estes números”.
Fortalecer a Atenção Básica
Lunitti lembrou que a Pandemia promoveu uma desarticulação dos serviços à saúde, devido a necessidade de formar frentes de atendimento específico à Covid. “Sabemos que a atenção básica fortalecida melhora indicadores de doenças crônicas e alivia os serviços de emergência. Hoje estamos com 26 Equipes de Estratégia de Família e 12 Equipes de Saúde Bucal. Vamos abrir mais cinco Unidades Básicas de Saúde e uma UPA Pediátrica – Estamos discutindo com a PUC, dentro do novo curso de Medicina”.
Mortalidade Infantil
No primeiro quadrimestre de 2022, o município registrou a taxa de 14,88 por mil, óbitos de crianças até 1 ano de idade. A organização Mundial de Saúde preconiza até 10/1000, como casos que podem ocorrer para além dos esforços das políticas públicas.
Na série histórica em 2018, Toledo registrou 14,25 casos por 1000, a partir de 2019 houve uma redução para 10,63, em 2020 reduziu para 7,59, em 2021 voltou a crescer para 9,19 por mil e no primeiro quadrimestre deste ano, superou o número de casos ocorridos em 2018, registrando 14,88 por mil.
O Prefeito defendeu as ações realizadas no passado que fizeram e que reduziram os indicadores, disse que este dado da realidade preocupa a gestão e sem detalhar a causa morte explicou: “Entre 2013 e 2016 tivemos uma política muito firme de combate à mortalidade infantil, hoje temos um índice acima dos 10 por mil que é preconizado. A gente está buscando implementar aquilo que já falamos aqui, o cuidado com a mamãe. O que houve que, dentro da perspectiva de saúde, tivemos óbitos que não foram especificamente por problemas de gestação, foram óbitos que incrementaram estes índices. Dentro da política de saúde estamos tratando isso com muito cuidado, a Dra. Gabriela, que é pediatra, junto com os seus pares, estão promovendo ações, para cuidar das gestações de risco, com o incremento destas gestações, houve um índice maior de mortalidade. Foi um descompasso, mas queremos reduzir isso, adotamos posturas importantes, estamos buscando recursos do governo do Estado para implementar e ampliar os serviços. A atuação da Secretaria de Saúde está muito forte neste sentido, eu espero que estas ações, que já vinham acontecendo, possam diminuir estes casos. O ideal é que não percamos nenhum bebê, mas foi um fato que aconteceu e precisa ser corrigido e estamos fazendo isso. O índice de mortalidade precisa ser combatido é o que estamos fazendo”.
Pedágios e desenvolvimento
O prefeito enfatizou que a sua opinião era como prefeito e não como presidente da Amop, mas que era contra a instalação da praça de Pedágio entre Toledo e Cascavel.
Defendeu que os munícipios de Toledo e Cascavel atingiram a maturidade do desenvolvimento e devem atuar com ações que promovam o desenvolvimento de forma complementar.
