Nesta terça-feira (11) o Biopark Educação deu outro passo à frente rumo ao desenvolvimento. É que foi implantado, no prédio Charles Darwin, laboratórios de pesquisa em Biotecnologia, voltados para que alunos, professores e empresas residentes do Ecossistema possam trabalhar em novos produtos, processos e habilidades.
A inauguração é mais um marco que pretende transformar a região Oeste do Paraná em um polo de pesquisa e inovação. Além das empresas, o momento contou também com a participação de colaboradores do Biopark Educação, e convidados especiais. Ao todo, são três novas instalações disponíveis: o Laboratório de Biotecnologia de Microrganismos; o Laboratório Analítico e de Biologia Molecular; e o Laboratório de Biotecnologia Vegetal.
Segundo a gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Biopark, Carolina Trombini, além de pesquisadores com ampla experiência na temática, 20 empresas foram consultadas para auxiliar no planejamento dos laboratórios e equipamentos necessários de acordo com suas demandas. “É algo que retroalimenta o Ecossistema. Nosso objetivo é disponibilizar infraestrutura para que alunos, pesquisadores e empresas cresçam e executem pesquisas completas dentro do Biopark”, salienta.
O diretor de Pesquisa da Biogenesis, empresa residente que atua no desenvolvimento de pesquisa em laboratórios para validação de científica de agroprodutos, diz que as novas instalações vão reduzir o tempo e os custos dos projetos. “Os laboratórios ofertam tecnologias que vão acelerar os nossos processos de desenvolvimento de pesquisa. É uma parceria boa, não apenas para nós, mas para a região como um todo, já que novas tecnologias vão chegar de forma muito mais rápida para a população em geral”, comenta.
Bruna Ortiz, analista de desenvolvimento da Solusolo, empresa AgTech que utiliza biotecnologia japonesa para fabricação de produtos, relata que os laboratórios vão abrir um leque de possibilidades. “Utilizaremos muito o Laboratório de Biotecnologia Vegetal para desenvolvimento e testes de novos produtos. As novas instalações vão auxiliar, principalmente, no monitoramento de produtos, já que trabalhamos muito com pesquisa, formulações e aplicação in vitro para análise de resultados”, explica.
Sonho antigo
Presente na inauguração, o fundador do Biopark, Luiz Donaduzzi, lembrou que a instalação de um laboratório de Biotecnologia é um sonho antigo. Mais precisamente, de 1986, quando morou em Rondônia. “No entanto, foram três tentativas frustradas ao longo dos anos. Hoje, 36 anos depois, posso dizer que tenho laboratórios de Biotecnologia em dois lugares: na Prati-Donaduzzi e aqui, no Biopark Educação”, frisa.
Para o futuro, Donaduzzi quer ir ainda além. “Por enquanto, trabalhamos apenas com microrganismos. A próxima etapa do laboratório será com manipulação genética para obtenção de novos produtos. Mas ainda sonho em trabalhar com células animais no futuro. Essa é a continuação do trabalho para mim”, conclui.
