O Contrato inicial do Município junto a IDEAS - Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde – que fará a gestão do Hospital - garante 85% do atendimento SUS e 15% particular e/ou Convênios em contrapartida a empresa faria um investimento mensal de R$ 49.750, no entanto, recentemente o Ministério Público diante da demanda reprimida de leitos SUS, na Região, recomendou ao Poder Público que o Hospital Regional Toledo atendesse 100% SUS.

Em Coletiva à Imprensa, nesta manhã o Prefeito de Toledo e presidente da AMOP, Beto Lunitti anunciou a data da abertura oficial do HRT. “O Hospital abrirá no dia 6 de outubro, às 9h para inauguração e no final de semana passará por processo de higienização – por conta das visitas – e na segunda começa os atendimentos. Estamos buscando pela excelência nos atendimentos. Vamos atender a recomendação do Ministério Público para que o HRT atenda 100% SUS, para tanto, estamos fazendo estudos jurídicos para ver como encaminhamos”.

A empresa gestora do Hospital também recebeu a recomendação. O Diretor Clínico o HRT, Gustavo Elias disse que o Instituto está buscando um ponto de equilíbrio financeiro para atender o pedido do MP, pois estão trabalhando para reunir os melhores profissionais médicos para atender no Hospital.

O prefeito Beto Lunitti disse que para viabilizar este atendimento, se necessário for, o município, inicialmente, irá aportar recursos, mas precisará da anuência da Câmara de Vereadores. E, segundo ele, o Estado se comprometeu a pagar por todos os procedimentos realizados no Hospital. Presente na Coletiva, o Presidente da Câmara Dudu Barbosa disse que vê a questão com tranquilidade, pois a ampliação dos 15% dos atendimentos SUS no Hospital, representam 20% a mais de leitos de UTI para munícipes de Toledo e região.

Inicialmente o HRT tem capacidade para 88 leitos. “A ideia é em 30 a 40 dias estarmos operando na capacidade máxima, primeiramente, atendendo cirurgias eletivas reprimidas”. 

O Hospital Regional não terá porta aberta. A Secretária de Saúde,  Gabriela Kucharski explica que o município não tem gestão plena, para além da atenção primária, desta forma a regulação dos leitos do HRT será pela Central de Leitos, do Estado. “Toledo tem duas portas abertas para emergência, e pela população, estamos acima do que é preconizado pelo Ministério da Saúde”.

O atendimento será por intermédio destas unidades de saúde, que irão indicar o paciente e sua urgência para a Central de Leitos, que fará a regulação. Somente quando a Central liberar o paciente dará entrada no Hospital. O HRT deve atender prioritariamente a população da 20ª Regional de Saúde, cerca de quase meio milhão de habitantes, mas eventualmente, diante alguma emergência e disponibilidade de alguma especialidade, poderá receber pacientes da Macro Região (Foz de Iguaçu, Pato Branco, Toledo e Cascavel), da mesma forma que, pacientes de Toledo podem ser recebidos em Hospitais referência SUS destas Regionais.

O pagamento dos procedimentos será feito pela AIH – Autorização de Internações Hospitalar. Desde o ano passado, Toledo e os demais municípios da 20ª Regional de Saúde estão trabalhando no GT de Contratualizações, no sentido de viabilizar a abertura do HR. “O Governo de Estado já se manifestou desde o ano passado, a disposição de acrescentar 300 AIH para a Regional para auxiliar na remuneração do Hospital, dos serviços que lá serão prestados. Mas além disso, há o entendimento de que há a necessidade de fazer a repactuação de AIHs, diante a demanda de atendimento dos nossos pacientes”, destacou Gabriela.

A Secretária explicou ainda que o município a pedido da Regional, como os demais municípios reavaliou a produção efetiva dos prestadores de serviços. Toledo calculou a média entre abril/22 a maio/23. “Nos prestadores que não realizavam a produção pactuada, nós estamos repactuando essas AIHs para o Hospital Regional. Esta repactuação passou e foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde, no total de 217 AIHs”.

O Instituto gestor do Hospital será fiscalizado de duas formas. “Os contratos serão feitos pelo Estado, através da Regional, como já é feito em outros Hospitais como o de Palotina, Hospital Bom Jesus e no HR não será diferente. Para além disso, temos a questão da Concessão onerosa que foi feita pelo Município e esta será avaliada e fiscalizada pela CAF – Comissão de Avaliação e Fiscalização que já está constituída através de uma portaria responsável pela fiscalização da Concessão e do Reinvestimentos”, explicou a Secretária de Saúde.

Segundo o Diretor Clínico já está em processo as entrevistas e contratações, em breve estes colaboradores iniciarão o treinamento.